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Tarcísio lamenta morte de torcedor e fala em rever “bean bags” pela PM

Seis dias após morte de torcedor são-paulino, governador lamentou o que chamou de “acidente” e disse que ações da PM serão reavaliadas

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Imagem colorida do governador Tarcísio de Freitas, homem branco, grisalho e com cicatrizes de acne no rosto. A imagem é focada no rosto dele - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do governador Tarcísio de Freitas, homem branco, grisalho e com cicatrizes de acne no rosto. A imagem é focada no rosto dele - Metrópoles - Foto: Governo do Estado de São Paulo

São Paulo — Seis dias após a morte do torcedor são-paulino Rafael dos Santos Tercilio Garcia, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lamentou o ocorrido, no último sábado (30/9), e disse que os protocolos da Polícia Militar (PM) serão revisados.

O torcedor foi atingido por uma munição não letal do tipo “bean bag”, usada pela PM paulista, na parte de trás da cabeça durante a comemoração do título do São Paulo sobre o Flamengo na Copa do Brasil, no domingo (24/9).

Em entrevista à rádio CBN, Tarcísio classificou a morte de Rafael como “acidente” e disse que ela deve ter ocorrido em razão de uma quebra de protocolo.

“A gente lamenta profundamente esse tipo de ocorrência. Era um dia de festa, não é pra gente tá lamentando a morte de ninguém. É muito triste que isso aconteça. E, obviamente, isso implica em reanálise e revisão e ajuste”, disse Tarcísio.

“Quando acontece um acidente, ele vai ter acontecido por quebra de protocolos. Os protocolos estabelecem distância de segurança para utilização de armamento não letal, enfim. Então, isso vai ser completamente investigado para fazer os ajustes tem termos de procedimentos e que tem que ser ajustados”, completou.

A Secretaria da Segurança de São Paulo disse que o uso das munições do tipo “bean bags” será mantido. Segundo a pasta, os policiais militares envolvidos no episódio só serão responsabilizados se ficar comprovado que houve excesso.

“Bean bag”

As “bean bags” estão sendo usadas desde 2021 pela corporação para conter distúrbios urbanos, como grandes aglomerações, a exemplo do tumulto ocorrido após a final da Copa do Brasil, com o título do São Paulo sobre o Flamengo. Esse tipo de munição é utilizado por instituições de policiamento em países como os Estados Unidos e México.

Segundo a PM, trata-se de munição de menor potencial ofensivo e menos letal. Ela é utilizada para causar distração a um possível agressor. Ao atingir o suspeito, a força policial ganha alguns segundos – parece pouco, mas pode ser tempo suficiente para solucionar um sequestro, por exemplo.

O objetivo é que a “bean bag” substitua as balas de borracha gradativamente. A corporação investiu cerca de R$ 620 mil para comprar cerca de 20 mil munições do tipo da empresa americana Safariland.

O material começou a ser comprado pela PM durante a pandemia de Covid. Na época, a PM argumentou que as balas de borracha tinham alguns problemas, como desvios de trajetória do tiro, o que colocaria pessoas em risco.

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