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Tarcísio garante que não fará novos contratos com empresa ligada a secretário da Educação

Governador Tarcísio de Freitas defendeu Renato Feder no cargo e disse que ele entregou resultados positivos quando comandou a pasta no PR

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Fernando Nascimento / Governo de SP
Imagem colorida mostra secretário da Educação Renato Feder, um homem branco de cabelos pretos vestindo uma camisa branca e um terno cinza, abraçando o governador Tarcísio de Freitas, um homem branco com cabelos grisalhos vestindo um terno azul-marinho, em São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra secretário da Educação Renato Feder, um homem branco de cabelos pretos vestindo uma camisa branca e um terno cinza, abraçando o governador Tarcísio de Freitas, um homem branco com cabelos grisalhos vestindo um terno azul-marinho, em São Paulo - Metrópoles - Foto: Fernando Nascimento / Governo de SP

São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas afirmou na noite desta quarta-feira (9/8) que o estado não fará novos contratos com a empresa Multilaser enquanto Renato Feder estiver no comando da secretaria da Educação de São Paulo.

Feder é sócio de uma offshore dona de 28,16% das ações da Multilaser, empresa que mantém contratos de R$ 200 milhões com a sua pasta, o que motivou uma investigação da Procuradoria-Geral de Justiça. Ao todo, são três contratos para o fornecimento de 97 mil notebooks para a rede pública estadual.

Tarcísio de Freitas defendeu o atual secretário da Educação e disse que o contrato com a Multilaser antes de Feder assumir a pasta: “O contrato foi feito antes de o secretário assumir, a gente tá começando a receber o material. O contrato não foi pago ainda e só vai ser pago se receber. E se não receber, a empresa vai ser sancionada como qualquer outra empresa”.

O governador de São Paulo afirmou também que o projeto de sua gestão para a educação é dar acesso ao melhor conteúdo possível aos alunos, seja ele por meio digital ou impresso.

“A gente tem que entender o que está sendo planejado dentro da Secretaria de Educação. Qual o objetivo do governo do estado? É que os alunos tenham acesso ao melhor conteúdo possível. Os alunos, às vezes, estão chegando no terceiro ano do ensino médio sem ferramentas necessárias para acessar a universidade e acessar o mercado de trabalho em São Paulo. O estado de São Paulo hoje está sem sexto lugar na avaliação do Idec. Vamos lembrar que o nosso secretário de educação foi o secretário que pegou o Paraná em sétimo e quando ele deixou o cargo, o Paraná estava em primeiro. Ele apresentou resultado”, disse.

Tarcísio de Freitas disse ainda que pretende padronizar o ensino em todo o estado: “São mais de 6 mil aulas prontas de modo que o conteúdo ministrado no Vale do Ribeira vai ser o mesmo que o conteúdo ministrado no vale do Paranapanema é o mesmo ministrado na cidade de São Paulo. Faz sentido padronizar os conteúdos para que a gente não tenha disparidade em termos de aprendizado. A gente quer que todo mundo tenha acesso ao mesmo conteúdo, ao mesmo material”.

De acordo com o governador, o material didático será produzido pelo estado e tem como objetivo dar qualidade na educação e ferramentas para os alunos, como a tarefa de casa digital: “Vai ter uma tarefa digital para ele poder realmente exercitar aquele conteúdo, a gente vai verificar quem tá fazendo a tarefa e monitorar o que tá acontecendo, monitorar a frequência e a performance”, explicou o governador.

Feder já está envolvido em outra polêmica que envolve tecnologia. O Ministério Público Estadual (MP) abriu inquérito para investigar a decisão do governo de São Paulo de dispensar livros didáticos nas escolas estaduais para usar apenas material digital.

O secretário disse que o governo não aderiu aos livros didáticos do Ministério da Educação (MEC) pela primeira vez na história porque o material não permite anotações e precisa ser devolvido ao final do ano.

“O aluno não pode anotar, não pode grifar, não pode circular porque esse livro tem que estar disponibilizado para o ano que vem”, afirmou o secretário.

Desde que o anúncio foi feito, na semana passada, professores e especialistas questionaram a medida e a secretaria da Educação voltou atrás em parte da ideia inicial.

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