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Tarcísio endurece contra greve e projeta mais embates em ano eleitoral

Tarcísio de Freitas disse que não vai recuar no plano de privatização por causa das greves feitas por funcionários de Metrô, CPTM e Sabesp

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Francisco Cepeda/ Governo de SP
Foto colorida do governador Tarcísio de Freitas de camisa azul e capacete vistoriando as obras do metrô de SP - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida do governador Tarcísio de Freitas de camisa azul e capacete vistoriando as obras do metrô de SP - Metrópoles - Foto: Francisco Cepeda/ Governo de SP

São Paulo — Pressionado por mais uma greve unificada convocada por sindicatos de funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp contra seu plano de privatizações, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse que não vai recuar, prometeu endurecer a reação aos grevistas e já projeta embates políticos mais duros em 2024 por causa das eleições municipais.

Nessa terça-feira (27/11), o governador disse que iria “designar os servidores” que teriam de cumprir o efetivo mínimo de operação das linhas de trem e metrô determinado pela Justiça do Trabalho nesta quarta-feira (28/11) para responsabilizar os grevistas individualmente, já que os sindicatos das categorias têm descumprido as decisões judiciais nas paralisações.

“Porque é importante a gente descobrir quem descumpriu a ordem judicial. Não o sindicato, não a coletividade. Qual é o servidor que se recusou a cumprir a ordem judicial”, disse Tarcísio. “O Judiciário multa, o sindicato não paga a multa, não tem dinheiro para pagar e fica por isso mesmo”, completou.

Os sindicatos cobram do governo a realização de um plebiscito para que a população paulista decida se as privatizações da Sabesp e das operações do Metrô e da CPTM devem seguir adiante — o projeto de desestatização da companhia de abastecimento de água e coleta de esgoto já está em discussão na Assembleia Legislativa (Alesp) e o governo já contratou estudos para elaborar o plano de privatização das estatais de transporte sobre trilhos.

Tarcísio já descartou a possibilidade de fazer um plebiscito, assim como liberar as catracas das estações em dia de greve — outra proposta dos sindicatos — e tem dito que a população paulista endossou seu plano de privatizações ao elegê-lo governador em 2022. “Sinceramente, vocês acham que nós vamos deixar de tocar nossos processos por causa disso? A resposta é não. Isso não adianta nada, só prejudica o trabalhador”, disse.

Segundo auxiliares do governador, Tarcísio considera a greve contra as privatização uma pauta eleitoreira e já projeta novas paralisações e embates mais duros com os sindicatos e os partidos de esquerda em 2024, por causa das eleições municipais. O governo entende que o apoio da oposição às greves fortalece o governador politicamente por conta dos transtornos causados à população. Por isso, Tarcísio faz questão de destacar que as linhas “privadas” funcionam em dia de greve.

O grupo também acredita que as paralisações nos transportes tendem a beneficiar eleitoralmente o prefeito Ricardo Nunes (MDB), aliado de Tarcísio que disputará a reeleição no ano que vem. Isso porque o deputado federal Guilherme Boulos (PSol), principal adversário do emedebista na disputa, apoia publicamente a greve como instrumento de pressão dos trabalhadores contra as privatizações.

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