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Tarcísio diz que vice “agrega” e Nunes nega que ex-Rota seja radical

Coronel Mello Araújo, ex-comandante da Rota, foi confirmado nesta 6ª feira por Tarcísio como vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes

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Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo após almoço na Prefeitura de São Paulo - Metrópoles
1 de 1 Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo após almoço na Prefeitura de São Paulo - Metrópoles - Foto: Juliana Arreguy/ Metrópoles

São Paulo – Em meio à novela em torno da escolha do Coronel Ricardo Mello Araújo (PL) para ser o vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB) na disputa pela reeleição à Prefeitura da capital, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que a decisão foi um consenso de todos os 12 partidos que devem integrar a coligação da pré-candidatura do emedebista.

“Está acordado com todos os partidos, todos os partidos concordaram. É uma coisa muito difícil você conseguir essa convergência, em um número de agremiações tão grande e com visões diferentes. E a gente convergiu com Mello Araújo, a gente agora segue com Mello Araújo, é um representante nosso como pré-candidato a vice-prefeito, é um nome que agrega qualidade, tem uma trajetória ilibada na Polícia Militar, prestou um serviço relevante para o Estado de São Paulo, foi testado como gestor na Ceagesp e se saiu muito bem”, disse Tarcísio.

A escolha de Coronel Mello foi feita por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que condicionou o seu apoio a Nunes em troca da indicação do vice da chapa. Foi Bolsonaro, inclusive, quem pressionou Tarcísio, seu afilhado político, para viabilizar a escolha – o governador não era simpático ao nome de Coronel Mello.

“Todo mundo está unido nesse projeto, a gente vai trabalhar junto, ele [Coronel Mello] vai começar, já vou chamá-lo para ajudar a trabalhar no plano de governo e vamos seguir o rito do processo e ir para as convenções. Se a gente ganhar a eleição, espero contar com ele igual ele fez na Ceagesp”, disse Nunes.

O anúncio foi feito por Tarcísio na tarde desta sexta-feira (21/6) após uma agenda conjunta com Nunes na zona sul paulistana. Ao lado do governador e do prefeito estava também o vereador Milton Leite (União), presidente da Câmara Municipal e um dos maiores aliados de Nunes.

O Metrópoles revelou que Leite só aceitou a indicação de Coronel Mello após ter fechado um acordo para manter a presidência da Casa sob o comando do União Brasil no ano que vem.

“O União Brasil tinha resistência e tinha outras opções [para a vice]. E é legítimo, isso é legal. É para ter divergências mesmo, apresentar suas justificativas, e o partido foi convencido. Isso é bonito: a gente começa a nossa pré-campanha dando o exemplo, fazendo as construções no diálogo e no convencimento”, afirmou Nunes.

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Ricardo Nunes, Baleia Rossi e Tarcísio de Freitas levam salgados e bolo para jornalistas na porta do Palácio dos Bandeirantes
Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo após almoço na Prefeitura de São Paulo
Tarcísio, Nunes, Bolsonaro e bolsonaristas jantando em SP
Milton Leite, presidente da Câmara de SP, Tarcísio, Nunes e Kassab, secretário de Governo
Tarcísio e Nunes recebendo uma bênção
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O governador Tarcísio de Freitas e o prefeito de SP, Ricardo Nunes

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Ricardo Nunes, Baleia Rossi e Tarcísio de Freitas levam salgados e bolo para jornalistas na porta do Palácio dos Bandeirantes

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Tarcísio de Freitas, Jair Bolsonaro, Ricardo Nunes e Coronel Mello Araújo após almoço na Prefeitura de São Paulo

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Tarcísio, Nunes, Bolsonaro e bolsonaristas jantando em SP

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Milton Leite, presidente da Câmara de SP, Tarcísio, Nunes e Kassab, secretário de Governo

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Tarcísio e Nunes recebendo uma bênção

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Nunes, sua mulher, a primeira-dama do Estado e Tarcísio, juntos no The Town

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Nunes e Tarcísio

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O governador Tarcísio e o prefeito Ricardo Nunes

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O prefeito Ricardo Nunes e o governador Tarcísio de Freitas

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Vice radical

Contra a entrada de Coronel Mello na chapa, para aliados de Nunes, pesa o fato de ele ter comandado a Rota, grupo da PM com histórico de ações violentas, principalmente na periferia, o que poderia afastar o eleitorado das comunidades paulistanas.

O prefeito, no entanto, rebateu os comentários de que seu pré-candidato a vice poderia ser considerado um nome “radical”.

“Se for para ser radical contra a exploração infantil, é o que quero. Se for ser radical contra o crime organizado, é o cara que eu quero. Se for para ser radical com relação à questão fiscal, de pegar uma empresa com déficit, ficar dois anos e nos dois anos dar lucro, é o radicalismo que eu quero. Então, dentro do contexto dessas questões, é isso o que eu desejo, ter alguém do meu lado que não seja ilustrativo”, disse Nunes nesta tarde.

Nunes também acrescentou que “não vai ser o vice-prefeito” o responsável por atuar em questões de segurança no município. “Mas ele pode colaborar muito comigo, principalmente nesses quesitos que ele se demonstrou com bastante eficiência”, declarou.

Fritura do vice

Metrópoles apurou que aliados de Nunes projetam um processo de fritura contra Coronel Mello para inviabilizá-lo como vice. O entorno do prefeito aposta que, além de não agregar votos, Mello será visto como alguém incapaz de frear o crescimento do coach Pablo Marçal (PRTB), que lançou mês passado sua pré-candidatura à Prefeitura, nas pesquisas eleitorais.

Caso o coach continue a crescer nas pesquisas de intenções de votos, Mello Araújo será apontado como o culpado pela queda de Nunes, o que pode colocar em risco a ida do prefeito a um eventual segundo turno contra Guilherme Boulos (PSol). Isso abriria espaço para a escolha de outro vice antes do fim do prazo para registro oficial da candidatura, em 15 de agosto.

O acordo entre dirigentes dos 12 partidos que deverão estar na coligação de Nunes é que, caso a fritura do Coronel Mello dê resultados, a vaga da vice continuará com o PL e, possivelmente, será destinada a uma mulher.

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