Tarcísio diz que reforma em SP vai mexer com 1,2 milhão de servidores
Reforma administrativa estudada por Tarcísio pode mudar quadros funcionais e atribuições de mais de 1,2 milhão de servidores públicos em SP
atualizado
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São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou nesta segunda-feira (15/5) que já discute na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) a ideia de implementar a reforma administrativa no estado. Conforme antecipado pelo Metrópoles, o governo busca extinguir os “puxadinhos” herdados dos governos do PSDB.
A fala ocorreu em um evento promovido pelo Grupo Esfera no Palácio Tangará, na zona sul de São Paulo, no qual Tarcísio debateu junto do presidente da Alesp, André do Prado (PL) e do presidente do Tribunal de Justiça de SP, Ricardo Anafe. Para que a reforma seja implementada, o projeto precisa ser aprovado pela Assembleia.
“A gente está planejando nossa reforma administrativa. Ainda não enviamos [a proposta] para a Assembleia, mas já estamos discutindo premissas. Não dá para um estado ter 120 cargos diferentes. Isso vai cair de 120 para 18. Temos estruturas que não faz sentido existir”, declarou o governador.
Na visão do governador e de sua equipe, os 28 anos de governos tucanos deixaram a máquina estatal inchada de cargos e departamentos que foram criados ou remanejados de forma precária, porém permanente. Um dos exemplos citados foi o de uma estrutura dentro de uma secretaria que seria ocupada por funcionários da Sabesp.
O Metrópoles ouviu de auxiliares de Tarcísio que gestões anteriores indicavam servidores para serem lotados na Sabesp, onde teriam vencimentos mais altos, mas com atribuições em outras áreas dentro do governo. Por ser uma empresa de economia mista, funcionários lotados na Sabesp podem receber salários acima do teto do funcionalismo público.
A reforma administrativa pode mudar quadros funcionais e atribuições de mais de 1,2 milhão de servidores públicos do Estado, mas o foco seriam as estruturas de comando das secretarias e autarquias estaduais. Em fevereiro, Tarcísio determinou a criação de um grupo de trabalho para viabilizar o projeto.