Tarcísio diz que pretende “transferir” Cracolândia para o Bom Retiro
Há cerca de uma semana, prefeitura conduziu usuários de drogas para ponte na região, mas eles voltaram para a Cracolândia em poucas horas
atualizado
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São Paulo – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse nessa terça-feira (18/7) que pretende levar os usuários de drogas concentrados na Cracolândia para o Bom Retiro, região central da cidade. Segundo Tarcísio, isso os deixaria mais próximos do Complexo Prates, espaço da prefeitura que atende a população em situação de rua. No local, há um Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps) e uma unidade da Assistência Médica Ambulatorial (AMA).
A declaração foi dada durante o lançamento do programa UniversalizaSP, no Palácio dos Bandeirantes. Tarcísio não deu detalhes sobre qual seria a localização exata da “nova Cracolândia”.
“A gente quer levar essas pessoas para o Complexo Prates. Lá, eu tenho uma AMA, lá tenho um Caps e consigo deixá-los um pouco mais afastados da área residencial e da área comercial. Vamos ver se a estratégia vai dar certo. Vai dar certo? Não sei. Vamos tentar esse movimento agora para oferecer assistência imediata, sem tanto transtorno para a cidade”, disse Tarcísio, de acordo com o Estadão.
No último dia 8, a Prefeitura de São Paulo fez uma operação em parceria com a Polícia Militar, a Polícia Civil e a GCM para conduzir os moradores da Cracolândia até a Ponte Orestes Quércia, a “Ponte Estaiadinha”, no Bom Retiro. O local fica a cerca de um quilômetro do Complexo Prates.
Os dependentes químicos ficaram algumas horas na região e retornaram para a antiga Cracolândia. Eles afirmam que “não tem nada” no local. Hoje, os moradores estão concentrados nos cruzamentos entre a Rua dos Gusmões e a Avenida Rio Branco e entre a Rua Vitória e a Rua Conselheiro Nébias, a cerca de 3 km do Bom Retiro.
Tarcísio de Freitas não deu detalhes de como o governo estadual pretende garantir a permanência dos dependentes químicos no Bom Retiro.
“Temos uma estratégia de colocar essas pessoas um pouco mais distante das áreas residenciais e comerciais, em uma área em que a gente tenha equipamentos e possa prestar atendimento mais próximo. Não adianta tentar fazer abordagem sem estar próximo dessas pessoas”, disse.