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Nos EUA, Tarcísio critica revisão de privatização da Eletrobras sob Lula

Governador Tarcísio de Freitas criticou ação da AGU do governo Lula contra privatização da Eletrobras a investidores em Nova York

atualizado

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Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
Tarcísio de Freitas
1 de 1 Tarcísio de Freitas - Foto: Governo do Estado de São Paulo/Divulgação

São Paulo — Em viagem aos Estados Unidos para tentar atrair investimentos estrangeiros para São Paulo, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) fez críticas à ação da Advocacia-Geral da União (AGU) que busca ampliar a participação do governo federal no controle da Eletrobras, que foi privatizada em 2021, na gestão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Ao comentar a ação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a Eletrobras para uma plateia de investidores norte-americanos, em Nova York, Tarcísio afirmou nesta quinta-feira (11/5), que a “mistura de aritmética e ideologia dá problema”. Foi ele quem pilotou o processo de privatização de antiga estatal de energia elétrica quando foi ministro da Infraestrutura de Bolsonaro.

O governador disse que o movimento de revisão de concessões e privatizações em curso no governo Lula não terá “reverberação”. Na semana passada, a AGU ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando pontos da privatização da Eletrobras. Lula, que já chamou o modelo de “lesa-pátria”, quer aumentar a quantidade de votos do governo nas decisões da empresa.

“Essa regra transformou a Eletrobrás em uma corporação. A gente pulverizou capital, ampliou a quantidade de pessoas que vão ter voz no conselho, melhorou a governança. Então, transformar a Eletrobrás em uma corporação, que aliás é uma prática aí que está bastante disseminada, é uma boa prática. É nessa linha que a gente vai seguir com a Sabesp”, afirmou Tarcísio, mencionando o plano de privatizar a estatal de saneamento do governo paulista.

“Entendo, e aí, felizmente, a Sabesp está na governança do Estado de São Paulo, que esses movimentos que estão sendo feitos pelo governo federal não terão nenhum tipo de reverberação. A gente tem uma confiança inequívoca no que estamos fazendo, uma fé inabalável no que nós estamos fazendo”, completou.

“Nós acreditamos no mercado, nós acreditamos no vigor da iniciativa privada, nós acreditamos no capital, sem dogmas, sem paixão, sem nada disso. Quando você mistura aritmética e ideologia, dá problema. A pior coisa que você pode ter é a mistura de aritmética e ideologia, porque são coisas imiscíveis, são coisas que não se misturam”, afirmou.

As falas foram feitas no seminário GRI Latam Infra & Energy 2023, um fórum de discussão de investimentos em infraestrutura e energia.

O governador tem sido questionado pelos agentes do mercado financeiro com quem tem conversado acerca das mudanças legais já realizadas no Brasil pelo governo Lula. A avaliação da equipe de Tarcísio é que elas têm repercutido mal entre os agentes internacionais.

Além da ação contra a privatização da Eletrobras, o governo tentou mudar o Marco do Saneamento, mas foi derrotado no Congresso. Tarcísio também criticou o movimento.

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