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Tarcísio bate o martelo sobre Republicanos após pasta no governo Lula

Governador Tarcísio de Freitas havia cogitado deixar o Republicanos caso partido migrasse para a base de apoio ao governo Lula

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Fernando Nascimento / Governo do Estado de SP
Imagem colorida mostra o governador Tarcísio de Freitas, homem branco, grisalho, de terno azul, cercado de militares de uniforme de gala, no palco do desflie de 7 de setembro - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra o governador Tarcísio de Freitas, homem branco, grisalho, de terno azul, cercado de militares de uniforme de gala, no palco do desflie de 7 de setembro - Metrópoles - Foto: Fernando Nascimento / Governo do Estado de SP

São Paulo – O governador Tarcísio de Freitas bateu o martelo sobre sua permanência no Republicanos após a nomeação do deputado federal Silvio Costa Filho (PE), que é do seu partido, para o Ministério dos Portos e Aeroportos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em agosto, quando a reforma ministerial para acomodar o Republicanos e o PP estava sendo desenhada, Tarcísio disse ser contra a entrada do partido no governo Lula e cogitou deixar a legenda. “Eu sou contra. Para mim, não gostaria de ver meu partido fazendo parte da base do governo [Lula]”, disse na ocasião.

A aliados, Tarcísio deixou claro que, apesar do desgaste político provocado pela reforma ministerial de Lula, nada muda: ele fica no Republicanos.

A decisão do governador está calçada na nota que o Republicanos divulgou após a nomeação de Silvio Costa Filho para comandar os Portos, ministério com o qual Tarcísio tem muito interesse de interlocução por causa do desejo de privatizar o Porto de Santos, no litoral paulista.

O partido comandado pelo deputado federal Marcos Pereira afirmou que “que não fará parte da base do governo Lula e seguirá atuando de forma independente”. Como mostrou o Metrópoles, Pereira se equilibra entre Tarcísio e Lula de olho na sucessão de Arthur Lira (PP-PI) na presidência da Câmara dos Deputados.

O comunicado do Republicanos também ajuda a aliviar a pressão de bolsonaristas sobre Tarcísio, que já têm criticado o afilhado político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por falta de espaço no governo estadual.

“O governador segue fazendo um trabalho importante em São Paulo pelo Republicanos e o partido segue independente”, afirma ao Metrópoles o deputado estadual Jorge Wilson Xerife do Consumidor (Republicanos), líder de Tarcísio na Assembleia Legislativa (Alesp).

Interesse de Tarcísio

O controle do Republicanos sobre o Ministério dos Portos traz uma vantagem estratégica a Tarcísio. O governador quer tirar do papel o túnel ligando as cidades de Santos e Guarujá, no litoral sul, obra aguardada há décadas. O projeto depende de aval do ministério que agora é comandado pelo partido de Tarcísio.

Além disso, a privatização do terminal portuário de Santos é projeto que Tarcísio tenta viabilizar desde que foi ministro da Infraestrutura do governo Bolsonaro. Por causa disso, o governador não viu motivos para deixar o Republicanos. Tarcísio vem, inclusive, buscando ampliar o número de filiados ao partido dentro da Alesp, onde enfrenta dificuldade para estabelecer uma maioria sólida.

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