Tabata quer fiscalizar pancadão e criar espaços de lazer em periferias
Candidata diz que, se eleita, vai oferecer espaços alternativos de lazer aos jovens, como abrir CEUs para comunidade aos fins de semana
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – A candidata à Prefeitura de São Paulo Tabata Amaral (PSB) afirmou nesta quinta-feira (19/9) que, se eleita, vai fiscalizar os pancadões na cidade e oferecer espaços alternativos de lazer para as populações das periferias.
Em sabatina promovida pela Rádio CBN e os jornais O Globo e Valor Econômico, Tabata falou que o tema é complexo e que sua gestão vai apostar em mais de uma solução para ampliar o acesso à cultura e ao lazer nas periferias.
“Eu sei da importância da gente criar outros espaços de lazer para as nossas juventudes. Mas fato é: uma cidade que abre mão de fiscalizar, que abre mão de combater, seja um pancadão que tá acontecendo sem autorização, atrapalhando moradores, seja um bar que fica aberto de madrugada, é uma cidade que perde o controle”, disse a candidata.
Tabata afirmou que sua gestão vai apostar na criação de viradas culturais nas diferentes regiões da cidade e na abertura de CEUs aos finais de semana para que a comunidade possa ter atividades culturais e de lazer nos locais. “Por que os CEUs não estão abertos para a cultura, para que a comunidade possa sugerir atividades, possa ocupar esses espaços?”, questionou a candidata.
“Não tem bala de prata, mas quem entende o potencial de libertação que a cultura traz, assim como a educação, vai entender que esses são investimentos que trazem um baita retorno”, disse Tabata.
Ruas Abertas
A candidata também se comprometeu a ampliar o programa Ruas Abertas, hoje restrito à Avenida Paulista e a algumas ruas da Liberdade. O projeto interrompe a circulação de veículos, liberando avenidas para a população.
“Me comprometo a ter uma rua por subprefeitura e não é só abrir a rua. É levar policiamento, porque se não também não fica seguro, e levar proteção pras pessoas”, afirmou.
Criador do programa Ruas Abertas, o então prefeito de São Paulo e atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), também prometeu que levaria o projeto para as 32 subprefeituras. A meta, no entanto, nunca foi atingida: Haddad terminou seu mandato com 29 ruas vinculadas ao programa.
Depois, quando João Doria (ex-PSDB) assumiu a Prefeitura, o Ruas Abertas foi suspenso em vários endereços. Algumas subprefeituras também encerraram o projeto por conta própria, com a justificativa de que não havia demanda ou de que o programa gerava reclamações de vizinhos.
Depois da pandemia, quando o programa foi suspenso em todos os endereços, apenas a Avenida Paulista voltou a ficar aberta para a população, até que, em outubro de 2023, a gestão Ricardo Nunes (MDB) levou o projeto para a Liberdade, também no centro.
