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Tabata fala em “nova força política” e diz que “caminhada só começou”

Deputada federal Tabata Amaral diz que ainda sonha com Prefeitura de São Paulo e fala em construir projeto para eleições de 2028

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Ashlley Mello / Divulgação Campanha Tabata Amaral
imagem colorida mostra tabata amaral acenando durante comício na zona sul da cidade
1 de 1 imagem colorida mostra tabata amaral acenando durante comício na zona sul da cidade - Foto: Ashlley Mello / Divulgação Campanha Tabata Amaral

São Paulo – Em 4º lugar na eleição, com quase 10% dos votos válidos, a candidata Tabata Amaral (PSB) sai da disputa já de olho na próxima campanha. Para a deputada federal os mais de 600 mil votos recebidos por sua chapa mostram que há espaço para uma nova força política em São Paulo.

“Essa caminhada só começou e a gente vai voltar aqui, eu tenho certeza absoluta, para celebrar uma São Paulo que tem uma escola pública de qualidade, uma São Paulo humana que cuida de quem precisa, uma São Paulo que não bate de frente com o empreendedor. É isso que essa força política representa”, disse a candidata, neste domingo (6/10), ao comentar o resultado da apuração.

Tabata confirmou o interesse em disputar a Prefeitura novamente e disse que quer “organizar a tropa” para pensar os próximos passos do partido em São Paulo.

“Assim que eu dormir minhas oito horas, eu estarei na rua construindo partido. Eu realmente acho que tem espaço em São Paulo para o nosso time. E não é só para as pessoas, é para o que a gente representa, para os valores que a gente traz”.

Com uma campanha marcada por seus embates duros contra adversários e pela defesa da discussão de propostas para a cidade, Tabata se destacou no início da disputa atual ao ser a primeira a confrontar Marçal, publicando vídeos sobre a condenação do influencer por furto qualificado e a relação do ex-coach com pessoas supostamente ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

As produções viralizaram nas redes sociais, rendendo elogios de eleitores incomodados com a postura tímida de outros candidatos frente aos ataques de Marçal. Tabata também chamaria atenção dos paulistanos ao fazer um desabafo depois do soco dado por um produtor de Marçal no marqueteiro de Nunes. A candidata lamentou que a violência, mais uma vez, fosse tomar o lugar das propostas no debate público.

“Sabe qual é a merda maior? Eu estava lá que nem uma filha da puta falando sobre as minhas propostas, fazendo um debate sério, e eu tenho certeza que amanhã só vão falar do soco. Não vão comparar as propostas. Eu tenho uma teoria, quase uma teoria da conspiração, de que colocaram o Pablo Marçal para que a gente não visse as merdas que estão acontecendo em São Paulo“, disse.

Tabata até conseguiu crescer nas pesquisas de intenção de voto, mas teve dificuldade em chegar a liderança em meio a uma disputa acirrada entre Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSol) e Pablo Marçal (PRTB).

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Tabata Amaral (PSB) em campanha eleitoral
A candidata Tabata Amaral (PSB) durante campanha na zona norte de SP
Tabata conversa com eleitora
Tabata Amaral inicia campanha ao lado da companheira de chapa, Lucia França
Tabata Amaral (PSB)
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Tabata Amaral em campanha na 25 de Março

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Tabata Amaral (PSB) em campanha eleitoral

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A candidata Tabata Amaral (PSB) durante campanha na zona norte de SP

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Tabata conversa com eleitora

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Tabata Amaral inicia campanha ao lado da companheira de chapa, Lucia França

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Tabata Amaral (PSB)

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Tabata Amaral no Roda Viva em 2024

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A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP)

Gilmar Félix/Câmara dos Deputados
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A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP)

Câmara dos Deputados
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Tabata Amaral discursa

Myke Sena/Câmara dos Deputados
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Tabata Amaral foi criada na Vila Missionária, na periferia da zona sul de São Paulo

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Tabata Amaral no Roda Viva

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Reprodução/ Facebook
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Tabata Amaral, Marcio França e Lucia França em campanha eleitoral

Marcos Gouveia/Divulgação - Campanha Tabata Amaral

No sábado (5/10), enquanto Tabata fazia campanha na Rua 25 de Março, paulistanos que passavam por ali comentavam uns com os outros sobre a candidata: “Eu votaria nela, mas gosto do Nunes”, disse uma mulher; “Ela parece uma menina boa, mas não ataca o Boulos”, falou um homem. Houve também que falasse em voz alta: “Por que você votou a favor da reforma da previdência, Tabata?”.

Para alguns eleitores, era de direita demais. Para outros, muito de esquerda. A deputada bem que tentou furar a bolha da polarização, apresentando propostas para os problemas da cidade, com um plano de governo robusto, e mostrando sua capacidade de diálogo com nomes dos mais variados perfis. Disse, em várias ocasiões, que era a única que conseguiria trabalhar com apoio do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Não foi suficiente desta vez.

Na véspera da eleição, foi do centro à zona leste, acompanhada de seus padrinhos políticos, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Empreendedorismo Marcio França (PSB), com carreatas e panfletagens olho no olho. Mostrou que não faltaria disposição para buscar a vaga no segundo turno.

Ao desembarcar de uma carreata na Vila Carrão, na zona leste, foi interpelada por uma eleitora que disse “mulher vota em mulher sim”, uma referência ao comentário feito por Marçal dizendo que ela não venceria porque mulher não vota em mulher porque “é inteligente”. Outra eleitora a abraçou, disse que sabia que “não era fácil”, mas pediu que ela não desistisse.

Depois do resultado deste domingo, Tabata agradeceu aos eleitores. “As pessoas tinham tudo para sentir medo e votar em uma opção que não era a primeira delas, dar um voto acovardado, envergonhado. Mas os nossos eleitores e eleitoras, não fizeram isso: 600 mil pessoas foram para as urnas hoje, de cabeça erguida, praguinha no peito, para dizer que elas acreditam, que elas têm coragem, que tem um caminho que vale a pena”.

“Se Deus me permitir, essas pessoas vão ver muita luta, e muito trabalho, ao longo de cada dia dos próximos anos, para agradecer o apoio que elas me deram”, finalizou a deputada.

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