Como Tabata pretende ganhar a confiança de empresários pró-Nunes
Pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB) tem se reunido com empresários de diferentes setores e apresentado projetos
atualizado
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São Paulo – Pré-candidata à Prefeitura da capital paulista, a deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) tem promovido rodadas de conversas com empresários de diferentes setores, para se apresentar e conquistar a confiança deles.
Os encontros ocorrem desde o ano passado e são feitos com representantes de um setor por vez. Segundo assessores de Tabata, ela tem dito que, caso seja eleita, não pretende alterar políticas implementadas por Nunes.
A empresários do ramo de construção, por exemplo, ela disse que não mexeria no novo Plano Diretor Estratégico (PDE). O grupo é favorável à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que foi o autor do projeto que originou o novo PDE.
No ano passado, Tabata foi contrária à revisão do Plano Diretor, que redefiniu as regras gerais de construção na cidade para estimular ainda mais a verticalização em áreas onde a densidade populacional já é bastante intensa.
Apesar disso, a deputada teria dito entender como democrática a revisão e afirmou que pretende encontrar um ponto de diálogo com os empresários do ramo.
Tabata mira alternativa a Nunes e Boulos
Nas conversas, Tabata também busca se colocar como alternativa a Nunes, que busca o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e ao deputado Guilherme Boulos (PSol), apoiado pelo presidente Lula (PT).
Durante o lançamento de sua pré-candidatura, na semana passada, ela lembrou que o tucano Bruno Covas, em 2020, foi eleito ao se apresentar como um nome de centro e disse que, se for eleita, governará “com o apoio do [governador] Tarcísio e do Lula”.
Para a campanha, é importante que Tabata apresente a imagem de uma pré-candidata que preza pelo diálogo e que não encontraria dificuldades em lidar com polos políticos opostos.
Até o momento, a deputada não entrou no fogo-cruzado entre Boulos e Nunes, que não a enxergam como alguém com potencial para “roubar” seus eleitores.