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Suspeito de queimar vivo ator em “ritual demoníaco” segue foragido

Ator, drag queen e tarólogo Yago Henrique França foi encontrado carbonizado após ir a um encontro religioso na zona sul de SP

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Divulgação/Polícia Civil
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1 de 1 abre_abre_diego-edit-foragido-caso-yago1 - Foto: Divulgação/Polícia Civil

São Paulo – O auxiliar de serviços gerais Diego Oliveira Brito, de 32 anos, segue foragido mais de dois meses após o assassinato do ator, drag queen e tarólogo Yago Henrique França, 29, cujo corpo foi encontrado carbonizado, na tarde de 7 de março, em uma área de mata em Itapecerica da Serra, Grande São Paulo.

A vítima foi queimada viva em um “ritual demoníaco”, como revelado pelo Metrópoles, com base em uma denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP). Yago foi visto pela última vez no dia 27 de fevereiro, após ir a um ritual religioso na zona sul da capital paulista.

O posicionamento da Promotoria se originou em um Inquérito Policial instaurado pelo Setor de Homicídios de Proteção à Pessoa de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que investigou o caso.

O setor da Polícia Civil identificou quatro pessoas envolvidas com o arrebatamento e assassinato de Yago, entre elas Diego.

Segundo apurado pela reportagem, o auxiliar de serviços gerais já foi investigado, em outras ocasiões, por tráfico de drogas.

José Henrique Silva Santos, de 30 anos, também conhecido como drag queen Lunna Black, teria admitido à polícia que pagou R$ 10 mil para um assassino de aluguel matar e sumir com o corpo de Yago.

Lunna Black (esq) e Yago França, montado como a drag Amélia Lovett

O motivo alegado por ela à polícia seria a cobrança de uma dívida de ao menos R$ 40 mil que Lunna teria com Yago, após não repassar parte dos cachês que a dupla ganhou em trabalhos artísticos feitos em parceria.

Lunna foi presa com o cabeleireiro Robson Pereira Felipe e o namorado dele, o pai de santo Lucas Santos de Souza, ambos de 33 anos, por participação no crime. Em mensagens de áudio, Lunna conversou com o pai de santo sobre como iriam pagar o assassino de Yago (ouça abaixo).

Mentiras

Lunna combinou de se encontrar com Yago no terreiro administrado por Lucas, na zona sul paulistana, por volta das 15h do dia 27 de fevereiro, quando o ator foi visto pela última vez com vida.

Ao Metrópoles, ela afirmou que não teve tempo de conversar com Yago durante os supostos trabalhos religiosos feitos no dia.

Em seguida, segundo relato dela, Yago teria ido embora e enviado mensagens de texto dizendo que iria se encontrar “com um boy” que havia conhecido por meio de um aplicativo de relacionamento.

Yago Henrique França se apresentava como drag queen e mantinha projetos culturais na periferia de São Paulo

Lunna enviou à reportagem prints da suposta conversa com o amigo, afirmando ter sido a última pessoa com quem ele havia se comunicado antes de sumir. Imagens de uma câmera de monitoramento desmentem a versão dada por Lunna ao Metrópoles.

Nas imagens, a pessoa que dirige o carro onde Yago foi colocado, aparentemente dopado, seria o auxiliar de serviços gerais Diego Oliveira Brito.

Qualquer informação que possa ajudar na prisão dele pode ser feita por meio do Disque Denúncia, no numero 181. A identidade do denunciante será mantida em sigilo.

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