Suspeito de matar torcedora é ex-membro de organizada do Flamengo
Segundo delegado Cesar Saad, carioca Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos, não tinha passagem pela polícia
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – Leonardo Felipe Xavier Santiago, suspeito de atirar a garrafa que atingiu e matou a torcedora do Palmeiras Gabriela Anelli Marchiano, de 23 anos, no último sábado (8/7), é ex-integrante da torcida organizada do Flamengo Flamanguaça e não tinha passagem pela polícia. Ele vai responder por homicídio doloso.
O homem, de 26 anos, veio do Rio de Janeiro para assistir à partida entre Palmeiras e Flamengo, válida pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. De acordo com o delegado Cesar Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos do Esporte, o suspeito se envolveu em uma briga por volta das 18h, antes do início do jogo, na rua Padre Tomás.
“O torcedor do Flamengo arremessou na direção dos torcedores do Palmeiras uma garrafa long neck. Um estilhaço dessa garrafa atingiu o pescoço da Gabriela. Ela foi operada e morreu hoje de manhã”, afirmou Saad.
De acordo com o delegado, o suspeito admitiu ter arremessado a garrafa, mas diz que não teve o objetivo de atingir a torcedora.
Leonardo foi preso em flagrante após o ocorrido. Na manhã desta segunda-feira (8/7), ele passou por audiência de custódia e teve sua prisão convertida em preventiva.
“Ele foi autuado em flagrante delito e na audiência de custódia o juiz entendeu pela conversão em prisão preventiva”, afirmou o delegado. Gabriela é integrante da Mancha Verde, torcida organizada do Palmeiras.
“Tiraram nossa menininha”
Os pais de Gabriela dizem estar desolados com a morte da filha. Nesta segunda-feira, eles foram até a Delegacia de Repressão aos Delitos do Esporte para prestar depoimento.
“A gente não tem nem palavras nesse momento. A gente não sai de casa com esse pensamento, de que ela nunca mais vai voltar. Vem um marginal para fazer uma atrocidade dessa. Atravessa o estado para tirar a vida da minha filha”, disse o pai, Ettore Marchiano.
“Tiraram nossa menininha da gente”, afirmou Lucilene Prado, mãe de Gabriela. “O Palmeiras era a vida dela, era a alegria dela, os amigos dela”.
Gabriela estava estudando para cursar Tecnologia da Informação. A jovem era portadora de uma doença pulmonar autoimune. Os pais dela assistiram à partida inteira sem saber o que havia ocorrido com a filha.
“A gente não sabia. Ela não chegou nem a entrar no estádio. Aconteceu o assassinato antes”, afirmou a mãe de Gabriela. “Ela estava indo para o estádio e deu de encontro com a torcida organizada. Aí foi atingida por um estilhaço na jugular”, disse pai da menina.