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Suástica, armas e fardas: polícia identifica células neonazistas em SP

Ação conjunta entre as Polícias Civis paulista, gaúcha e de mais outros dois estados cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão

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Em foto colorida duas facas, duas pistolas de brinquedo, e livros e fotos em alusão ao fascismo e nazismo sobre cama - Metrópoles
1 de 1 Em foto colorida duas facas, duas pistolas de brinquedo, e livros e fotos em alusão ao fascismo e nazismo sobre cama - Metrópoles - Foto: Divulgação/Polícia Civil RS

São Paulo – Dois jovens suspeitos de integrar células neonazistas e neofascistas foram levados pela polícia ao Departamento de Homicídios de São Paulo (DHPP), no centro paulistano, para prestar depoimento após serem flagrados, em suas residências, com material de apologia e de disseminação de intolerância, discurso de ódio e violência contra minorias.

Nas casas de Nicolas Micheletti Coutinho, de 20 anos, e Hiago César Pascotto, de 21, foram apreendidos, nessa terça-feira (14/11), panfletos separatistas, livros sobre nazismo, suásticas, facas, computadores e celulares, além de dois pés de maconha.

As residências de ambos, uma na capital paulista e outra em Ribeirão Pires, na região metropolitana, foram alvo de mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça, em uma ação conjunta entre as Polícias Civis de São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Ceará.

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Foram apreendidos itens de alusão ao nazismo e até uniformes semelhantes aos usados pelo exércirto de Hitler
Na casa de jovens de São Paulo, policiais encontraram cartazes de teor supremacista
Células investigadas pela polícia atuam em ao menos quatro estados brasileiros
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Alguns dos cartazes disseminam teor racista

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Foram apreendidos itens de alusão ao nazismo e até uniformes semelhantes aos usados pelo exércirto de Hitler

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Na casa de jovens de São Paulo, policiais encontraram cartazes de teor supremacista

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Células investigadas pela polícia atuam em ao menos quatro estados brasileiros

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Desde maio deste ano, a Polícia Civil gaúcha investiga denúncias anônimas sobre a existência de grupos neonazistas e extremistas na Região Sul. Duas operações foram deflagradas, nas quais equipamentos eletrônicos foram apreendidos, possibilitando a terceira fase da ação, realizada de forma conjunta nesta terça-feira.

“A análise dos materiais apreendidos e, principalmente, do conteúdo extraído de telefones celulares, permitiu a identificação de diversas células ou grupos neonazistas com características extremistas, separatistas e racistas, bem como de diversos integrantes dos grupos e suas lideranças”, afirma a polícia gaúcha em nota.

Com base nos materiais já apreendidos, nove mandados de prisões foram expedidos e 23 de busca e apreensão. Dois deles foram cumpridos em território paulista, resultando na identificação da dupla de jovens levada ao DHPP. Ambos foram liberados, após prestarem depoimento. A defesa deles não havia sido localizada até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Sete suspeitos, apontados como lideranças das células extremistas, foram presos durante a operação desta terça, em cumprimento aos mandados de prisão expedidos pela Justiça. Os estados onde ocorreram as detenções não foram especificados.

Também foi apreendido, durante a operação policial, fardamento inspirado na SS (divisão do exército nazista), facas, pistolas de brinquedo e farto material em texto sobre o nazismo e o fascismo.

Crime

Em abril deste ano, a Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou projeto que criminaliza a apologia ao nazismo e à negação do Holocausto — que assassinou cerca de 6 milhões de judeus e outras 5 milhões de vítimas integrantes de minorias étnicas durante a II Guerra Mundial (1939-1945).

O projeto foi apresentado pela então senadora Simone Tebet, em 2022, atualmente ministra do Planejamento e Orçamento da gestão Lula.

O projeto altera a Lei do Racismo, incluindo nele a apologia, defesa e prática de saudações nazistas como crimes previstos na legislação.

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