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STJ nega soltura de dono de Porsche que matou motoboy atropelado

Igor Ferreira Sauceda teve pedido de HC negado pelo ministro do STJ Joel Ilan Paciornik. Juíza do TJSP cobra IC sobre laudo de local

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Imagem colorida de homem pardo, de camiseta preta e bermuda salmão, perto de Porsche amarelo, em rua, no período noturno - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de homem pardo, de camiseta preta e bermuda salmão, perto de Porsche amarelo, em rua, no período noturno - Metrópoles - Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

São Paulo — O empresário Igor Ferreira Sauceda, acusado de perseguir, atropelar e matar um motoboy na zona sul da capital em 29 de julho, teve um novo pedido de liberdade negado pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Joel Ilan Paciornik.

A defesa de Sauceda havia entrado com um pedido de habeas corpus para que ele fosse solto enquanto aguarda o laudo do Instituto de Criminalística, que vai determinar a dinâmica do crime. O magistrado entendeu que a demora para apresentação do documento não causa prejuízo à defesa no que diz respeito à apresentação de uma resposta à acusação.

Juíza responsável pelo caso na esfera estadual, Isabel Begalli Rodriguez cobrou celeridade do IC e intimou o diretor do instituto, Evandro Peres Ribeiro.

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Motorista de Porsche chega à delegacia
Igor Ferreira Sauceda conduzia Porsche em alta velocidade
Perseguição durou cerca de 2km
Pedro Kaique deixa um filho de 3 anos
Pai disse que filho foi atropelado de forma intencional
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Porsche perseguiu moto em alta velocidade por cerca de 2 km

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Motorista de Porsche chega à delegacia

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Igor Ferreira Sauceda conduzia Porsche em alta velocidade

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Perseguição durou cerca de 2km

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Pedro Kaique deixa um filho de 3 anos

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Pai disse que filho foi atropelado de forma intencional

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O atropelamento teria ocorrido após uma briga no trânsito

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Durante a discussão, Pedro Kaique teria quebrado o retrovisor do Porsche

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O motorista do Porsche fez o teste do bafômetro que, segundo o advogado da vítima, não indicou a presença de álcool no sangue

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Porsche acertou a traseira da moto de Pedro Kaique

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Caso foi registrado no 11º Distrito Policial de São Paulo

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“Ante a inércia do Instituto de Criminalística a despeito das reiteradas cobranças, e considerando que já se passaram mais de 5 meses dos fatos e que se trata de processo com réu preso, expeça-se mandado de intimação na pessoa do diretor do IC para que seja apresentado o laudo de local dos fatos no prazo de 5 dias, sob pena de desobediência”, disse a juíza na decisão.

Em agosto, o Tribunal de Justiça de São Paulo negou um pedido de liberdade. Na ocasião, o IC já havia sido cobrado a apresentar o laudo de local do acidente.

Com a decisão do STJ, Igor Ferreira Sauceda segue preso preventivamente Centro de Detenção Provisória II de Guarulhos, na região metropolitana. Ele é réu por homicídio triplamente qualificado.

Motivo fútil

A denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) que fez a Justiça tornar Sauceda réu apontou que “o crime de homicídio foi praticado por motivo fútil, na medida em que Igor deliberou matar Pedro somente porque se irritou com o fato de ele ter danificado o seu carro durante uma colisão de trânsito”. Antes do atropelamento, a vítima, Pedro Kaique Ventura, quebrou o retrovisor do Porsche.

“O crime foi, ainda, praticado com emprego de meio cruel, uma vez que Igor acelerou o carro que conduzia na direção da motocicleta conduzida pela vítima, a atropelou e arrastou por alguns metros, provocando atroz e desnecessário sofrimento a Pedro, além de revelar brutalidade fora do comum em contraste com o mais elementar sentimento de piedade”, acrescentou o MP.

A denúncia indica que Igor também empregou recurso que dificultou a defesa da vítima, “na medida em que colheu Pedro de forma absolutamente surpreendente e pelas costas, pois o atropelou em alta velocidade e atingiu primeiro a parte de trás de sua motocicleta”.

Porsche como arma

Igor Sauceda foi preso em flagrante horas após o acidente por homicídio doloso, com dolo eventual. No dia seguinte, durante a audiência de custódia, a juíza Vivian Brenner de Oliveira converteu a prisão em preventiva e disse que o empresário usou seu Porsche “como uma arma” para perseguir e matar o motoboy.

O empresário chorou durante a audiência. Igor Sauceda se emocionou enquanto seu advogado, Carlos Bobadilla, dizia que o empresário veio de “família humilde” e “não ganhou o Porsche do pai”.

Imagens do atropelamento

Uma imagem registrada por câmera de segurança mostra o momento exato em que o Porsche amarelo dirigido por Igor Ferreira Sauceda acerta a moto de Pedro Kaique Ventura, na Avenida Interlagos, no dia 29 de julho.

A cena, divulgada em 4 de agosto, é rápida e flagra a hora em que o carro de luxo acerta a motocicleta de lado.

Assista:

 

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