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STF pede ao governo de SP informações sobre segurança de Ronnie Lessa

O ministro Alexandre de Moraes quer saber sobre supostas ameaças contra o assassino confesso de Marielle que tem relação com milícia no RJ

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Ronnie Lessa
1 de 1 Ronnie Lessa - Foto: Reprodução

São Paulo – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta sexta-feira (21/6) informações ao governo de São Paulo, à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre um suposto “salve” do Primeiro Comando da Capital (PCC) para matar o miliciano Ronnie Lessa, réu confesso do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, na Penitenciária 1 de Tremembé, no interior paulista.

O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) recebeu, nessa quinta-feira (20/6), um e-mail denunciando supostas ameaças a Lessa.

O Metrópoles teve acesso ao conteúdo do e-mail, que foi enviado às 12h03 para o sindicato. O documento afirma que “os presos da P1 já receberam um salve para matar o Lessa”, e que “a ordem é virar a cadeia”. A unidade prisional é dominada pelo PCC, segundo a entidade.

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Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes
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Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle Franco e Anderson Gomes

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Por ofício, o Sifuspesp encaminhou a denúncia ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), à desembargadora Ivana David, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), ao promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), e ao secretário Marcelo Streinfinger, da Administração Penitenciária (SAP) paulista.

Ronnie Lessa deu entrada na P1 de Tremembé, onde ficará isolado em uma cela de 9 m², no início da tarde dessa quinta-feira, por ordem do Juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS). O governo de São Paulo era contrário à decisão e alegava que a cadeia não tinha condições suficientes para abrigar o preso.

‘Salve’ para matar Ronnie Lessa

No e-mail, o denunciante afirma que a ordem para matar Lessa teria sido interceptada em “pipas”, como os detentos chamam as mensagens transmitidas por bilhetes. “O “jet” da cadeia (integrante do PCC responsável pelos faccionados da unidade) pediu “bonde” (transferência), porque não quer matar essa no peito”, diz o texto.

A cela de Lessa fica nas proximidades dos raios 1 e 2, segundo a denúncia. “Todo dia os presos perguntam se ele já chegou e, apesar de terem instalado câmeras na cela em que ele vai ficar, estamos receosos”, afirma. “Já vimos várias vezes cadeia virar para matar preso do seguro e, pelo clima na massa, pode acontecer de novo.”

O denunciante relata que Lessa, por ser ex-policial militar e ligado a milícias, é “inimigo jurado” do PCC. De acordo com o texto, os detentos da unidade estariam sendo “cobrados pelo comando para ‘zerar’ (matar) ele”.

O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) queria que Lessa fosse levado ao presídio de segurança máxima em Presidente Venceslau, também no interior do estado. A vontade considerava o fato de que o detento seria de grande periculosidade pelo seu envolvimento com as milícias no Rio de Janeiro.

Segundo a SAP, o Complexo Penitenciário de Tremembé, conhecido por receber condenados por crimes de grande repercussão, não é de segurança máxima.

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