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SPTrans assume ônibus após ação em empresas acusadas de elo com PCC

Justiça determinou nesta terça que Transwolff e Upbus parem de operar suas linhas de ônibus; empresas seriam gerenciadas por membros do PCC

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foto colorida da garagem da viação UpBus, na zona leste, um dos alvos da operação do MP - Metrópoles
1 de 1 foto colorida da garagem da viação UpBus, na zona leste, um dos alvos da operação do MP - Metrópoles - Foto: Reprodução/Google

São Paulo — A SPTrans afirma que os ônibus da cidade de São Paulo funcionam normalmente nesta terça-feira (9/4), apesar da decisão da Justiça que determinou a interrupção da operação da Transwolff e da Upbus, que administram linhas na zona leste e na zona sul. As empresas são alvo de uma operação do Ministério Público de São Paulo. Três dirigentes foram presos, por suspeita de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Na decisão que autorizou o cumprimento dos mandados, a 1ª e a 2ª Vara de Crimes Tributários determinou que a SPTrans deve assumir as linhas administradas por Transwolff e Upbus. A expectativa é que os responsáveis pela SPTrans se reúnam com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

Juntas, as companhias transportam cerca de 15 milhões de passageiros por mês.

Operação

Dos quatro mandados expedidos, três foram cumpridos: um deles contra Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, dono da Transwolff, outro contra Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da empresa, e um terceiro contra Joelson Santos da Silva, sócio da mesma viação e representante de um escritório de contabilidade.

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Viaturas policiais a postos para participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC
Viaturas policiais a postos para participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC
Policiais recebem orientações antes de  participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC
Garagem da viação UpBus, na zona leste, um dos alvos da operação do MP
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Promotor Lincoln Gakiya fala a policiais antes do início da Operação Fim de Linha, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC

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Policiais recebem orientações antes de participar da Operação Fim de Linha, do MPSP, que mira empresas de ônibus suspeitas de ligação com o PCC

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Segundo o MP, foi preso em flagrante, ainda, Elio Rodrigues dos Santos por porte de arma de fogo. Ele é funcionário de uma das empresas investigadas e não era alvo da operação. Outras duas pessoas foram presas em flagrante, mas seus nomes não foram divulgados.

De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), antecipadas pelo Metrópoles no domingo (7/4), as empresas eram usadas pela facção para lavar dinheiro do tráfico de drogas.

Investigações

Até 2022, ao menos quatro empresas de ônibus que operam nas zonas leste e sul da capital já estavam na mira do MPSP e da Polícia Civil de São Paulo por suspeitas de envolvimento com o PCC.

Duas delas, a Transunião e a UpBus, que operam na zona leste, já foram alvo de operações conduzidas pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e pelo Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), da Polícia Civil.

Alguns dirigentes dessas companhias já foram presos sob acusação de atuarem para a facção e de envolvimento em assassinatos na disputa pelo comando das empresas.

No caso da Transunião, segundo o Deic, a diretoria é investigada por suspeita de participar da lavagem de dinheiro de familiares de Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, irmão de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo do PCC. Eles negam envolvimento com o crime organizado.

Já a UpBus, que teve R$ 40 milhões em bens bloqueados pela Justiça em 2022, durante operação do Denarc, tinha entre seus acionistas membros do alto escalão do PCC, como Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, considerado um dos maiores fornecedores de drogas e armas da facção. Ele foi assassinado em 2021.

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