SP vai monitorar esgoto para criar novas vacinas contra influenza
Pesquisadores querem identificar mais rápido novas cepas do vírus em circulação no esgoto para produzir vacina mais eficaz
atualizado
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São Paulo- O centro de pesquisas Institut Pasteur de São Paulo (IPSP), com sede na Universidade de São Paulo (USP) anunciou que passou a monitorar o aparecimento de novas cepas do vírus da influenza a partir da análise do esgoto da capital paulista desde o último mês de julho.
As coletas serão feitas de maneira periódica e os pesquisadores esperam que isso possibilite identificar de forma mais rápida as mutações do vírus da influenza, assim como entender melhor o nível de transmissão de uma possível nova cepa.
Dessa forma, é possível produzir uma vacina de forma mais rápida e mais eficaz contra a cepa do vírus que pode dominar os casos de infecção pela doença durante a maior parte do ano.
Apesar de o Ministério da Saúde disponibilizar vacinas contra três das principais cepas do vírus da influenza que mais circulam no país, esse vírus tem como característica uma rápida mutação, por isso, a expectativa é que a análise do esgoto possibilite um acompanhamento mais rápido das variações desse vírus.
Tática já foi usada na pandemia
Monitorar amostras de esgoto foi uma estratégia considerada essencial pelos cientistas para acompanhar os rumos da pandemia da Covid.
Mais de 100 países adotaram essa técnica pelo mundo para acompanhar as mutações do coronavírus. Essa tática fez com que pesquisadores pudessem prever os picos de transmissão do vírus, auxiliando nas tomadas de decisões.