SP ultrapassa os 400 mil casos de dengue e tem novo recorde de mortes
Estado de São Paulo chegou a 402.529 casos de dengue e registrou 33 novas mortes nas últimas 24 horas, a maior alta diária neste ano
atualizado
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São Paulo — O estado de São Paulo atingiu 402.529 casos confirmados de dengue desde o início do ano, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, atualizados nesta terça-feira (2/4).
A pasta também registrou um aumento recorde no número de mortes pela doença, com 33 novas vítimas registradas nas últimas 24 horas no painel — a maior alta diária já registrada até o momento, totalizando 190. Outros 350 óbitos estão em investigação.
Vale ressaltar que o número não corresponde a mortes diárias, e sim, a mortes acrescentadas em um único dia no painel de monitoramento da doença no estado. As mortes podem ter ocorrido em datas diversas e comunicadas de forma conjunta pelas secretarias municipais.
Ao todo, 66 municípios paulistas já registraram mortes por dengue. A capital é, disparadamente, a cidade com mais mortes, com 33 no total. Em seguida aparecem Guarulhos, na região metropolitana, com 15 óbitos; Jacareí e Taubaté, no interior paulista, ambas com 12 vítimas.
O Metrópoles mostrou que a capital paulista já havia registrado 14 novas vítimas nessa segunda-feira (1°/4), segundo informado pela Secretaria Municipal de Saúde. O aumento, no entanto, só foi computado nesta terça no painel de monitoramento do estado.
São Paulo vive em estado de emergência desde o mês passado, quando o governo estadual decretou situação de emergência para dengue. A decisão foi tomada depois que o estado atingiu 311 casos confirmados da doença para cada grupo de 100 mil habitantes — o que configura uma epidemia.
Na semana passada, o Ministério da Saúde incluiu a capital e outros municípios paulistas na lista de locais que receberão doses da vacina contra a dengue para a imunização de adolescentes entre 10 e 14 anos. Segundo a pasta, o envio deve ocorrer em abril, sem uma data definida.
Sintomas da dengue
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado;
- evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção da dengue
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de conscientização da população sobre a importância de medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes e instalação de telas em janelas e portas.