SP ultrapassa 300 mortes por dengue e registra 600 mil casos da doença
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, 305 paulistas morreram por causa da dengue desde o início do ano; dessas, 49 mortes foram na capital
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo – O estado de São Paulo ultrapassou nesta terça-feira (16/4) a marca de 300 mortes por dengue desde o início do ano. Dados atualizados do Painel de Monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde mostram que 305 paulistas foram vítimas da doença.
O número de casos confirmados também continua em alta e chegou a 600.135 registros nesta terça. Entre eles, estão 7.048 classificados como “situação de alarme” e 749 como dengue grave.
A epidemia de dengue se espalhou por todo o estado, atingindo de forma significativa as regiões do Vale do Paraíba, Grande São Paulo e Vale do Ribeira.
Na capital paulista, a Prefeitura confirmou a morte de 49 pessoas devido à doença desde janeiro. Segundo os dados da Secretaria Municipal da Saúde, a cidade já contabiliza 141 mil casos e apenas cinco dos 96 distritos da cidade ainda não estão em situação de epidemia. São eles: Sé, no centro; Jardim Paulista, na zona oeste; e Saúde, Vila Mariana e Moema, na zona sul.
Sintomas da dengue
Os sintomas da dengue podem variar de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. As manifestações clínicas incluem:
- Febre alta: a temperatura corporal pode atingir valores significativamente elevados, geralmente acompanhada de calafrios e sudorese intensa;
- Dor de cabeça intensa: a dor é geralmente localizada na região frontal, podendo se estender para os olhos;
- Dores musculares e nas articulações: sensação de desconforto e dor, muitas vezes referida como “quebra ossos”;
- Náuseas e vômitos: podem ocorrer, contribuindo para a desidratação;
- Manchas vermelhas na pele: conhecidas como petéquias, essas manchas podem aparecer em diferentes partes do corpo;
- Fadiga: uma sensação geral de fraqueza e cansaço persistente.
Tratamento
O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente. Algumas medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde incluem:
- hidratação adequada: a ingestão de líquidos é fundamental para prevenir a desidratação, especialmente durante os períodos de febre e vômitos;
- uso de analgésicos e antitérmicos: medicamentos como paracetamol podem ser utilizados para reduzir a febre e aliviar as dores;
- repouso: descanso é essencial para permitir que o corpo combata o vírus de maneira mais eficaz;
- acompanhamento médico: em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequados;
- evitar automedicação: o uso indiscriminado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios não esteroides (aines) e aspirina, pode agravar o quadro clínico, sendo contraindicado na dengue.
Prevenção da dengue
Além do tratamento, a prevenção da dengue é crucial. O Ministério da Saúde alerta para a necessidade de conscientizar a população sobre a importância de medidas como eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes e instalação de telas em janelas e portas.