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Em 6 meses, SP tem 12 vezes mais casos de coqueluche do que em 2023

Capital paulista atingiu 165 casos de coqueluche no dia 3 de julho deste ano; no ano passado inteiro, foram 14 registros da doença

atualizado

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Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF
foto colorida de vidrinho de vacina contra coqueluche - Metrópoles
1 de 1 foto colorida de vidrinho de vacina contra coqueluche - Metrópoles - Foto: Geovana Albuquerque/Agência Saúde-DF

São Paulo — A capital paulista atingiu 165 casos de coqueluche, de acordo com o boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde nessa quinta-feira (11/7). Ainda não há registros de mortes pela doença no ano.

O balanço soma os casos registrados até o dia 3 de julho deste ano, e já supera o número de registros em cada um dos últimos oito anos na cidade. Em 2023, foram apenas 14 diagnósticos confirmados de coqueluche — número aproximadamente 12 vezes menor que o registrado nos seis primeiros meses de 2024.

Durante o período de 2024, foram notificados 30 surtos da doença no município. Segundo a prefeitura, 145 casos dos 165 confirmados estão relacionados aos surtos.

“O município continua realizando o monitoramento dos casos, com intensificação nas investigações epidemiológicas e levantamento minucioso dos contatos, seus locais de trabalho e estudo, além do levantamento documental da situação vacinal de cada indivíduo ou contato próximo”, diz a pasta.

Dos casos confirmados até o momento, a concentração maior é no público adolescente (de 10 a 19 anos), com 110 casos, seguido pelo infantil (de 0 a 9), com 40 casos, informa a secretaria. A distribuição é equilibrada em ambos os gêneros.

“Todas as medidas foram tomadas com continuidade das investigação e acompanhamento. Frente a isso, trazemos este alerta do cenário global e municipal para que os profissionais se ressensibilizem quanto à necessidade de uma vigilância ativa nos territórios”, afirma a pasta no relatório.

Transmissão da coqueluche

A coqueluche é transmitida, principalmente, durante a fase catarral e em lugares com aglomeração de pessoas. Para se infectar é necessário ter contato direto com uma pessoa doente, por gotículas de saliva. Há também a possibilidade de transmissão por objetos contaminados.

O paciente pode transmitir a bactéria a partir do 5º dia após a exposição e até a 3ª semana após o início das tosses.

Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à morte.

O tratamento é feito por meio do uso de antibiótico. Quem apresentar sintomas deve procurar uma unidade de saúde assim que surgirem os primeiros sinais.

Cobertura vacinal

A rede pública de saúde disponibiliza dois tipos de vacinas contra a coqueluche. A pentavalente, aplicada em crianças de 2 meses de idade até 4 anos e com dois reforços aplicados aos 15 meses e aos quatro anos de idade; e a vacina dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular), que é administrada a cada gestação, a partir da 20ª semana, com o objetivo de garantir a proteção dos bebês com a transferência dos anticorpos da mãe para o feto pela placenta.

Além da vacinação, outras medidas importantes para prevenir a coqueluche incluem:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão;
  • Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar;
  • Evitar contato com pessoas doentes;
  • Manter os ambientes ventilados.

Segundo Fabrizia Tavares, professora da Universidade Tiradentes (Unit), a coqueluche pode ser grave, “especialmente em bebês menores de 1 ano, podendo levar à pneumonia, convulsões e até mesmo à morte”, alerta.

“É fundamental que a população esteja ciente dos sintomas, busque atendimento médico em caso de suspeita e mantenha a vacinação em dia”, afirma a especialista.

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