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SP: sem “efeito Marçal”, PRTB não elege nenhum vereador

PRTB esperava que Pablo Marçal atraísse votos para legenda, fazendo com que fossem necessários poucos votos para eleger vereadores

atualizado

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Danilo M. Yoshioka/ Especial Metrópoles
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1 de 1 pablo marcal dia eleicao sp 1 - Foto: Danilo M. Yoshioka/ Especial Metrópoles

São Paulo — O PRTB, partido do candidato a prefeito Pablo Marçal, não conseguiu emplacar vereadores na Câmara Municipal de São Paulo na eleição desse domingo (6/10). O candidato mais votado da PRTB, Costa e Silva, obteve menos de 8 mil votos, abaixo do quociente eleitoral esperado pela legenda.

Com isso, o PRTB manteve o tabu de nunca ter eleito um vereador na cidade de São Paulo. O resultado foi visto como um “fiasco” por integrantes do partido, que falava em eleger até cinco vereadores, na onda do “efeito Marçal”, o que não se confirmou. A expectativa era que o candidato a prefeito trouxesse muitos votos para a legenda.

Marçal obteve 28,14% dos votos válidos na disputa pela Prefeitura de São Paulo, e ficou de fora do segundo turno. Guilherme Boulos (Psol), que teve 29,07%, vai enfrentar Ricardo Nunes (MDB) – com 29,48% dos votos.

Apesar de não eleger vereadores, Leonardo Avalanche, presidente do PRTB, enalteceu o resultado, destacando que os candidatos tinham poucos recursos e foram “guerreiros”.

Falta de empenho

Uma ala do PRTB afirma que Marçal não se empenhou como deveria para eleger uma bancada. Para o comando do partido, o candidato a prefeito precisava ter usado mais tempo em eventos e gravações com os candidatos a vereador.

Enquanto isso, candidatos de outros partidos que colaram em Marçal durante a eleição, como Rubinho Nunes (União) e Rogério Nantes (Republicanos), foram eleitos com votações expressivas.

Durante a campanha, diante de suspeitas de lideranças do partido seriam ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC), Marçal chegou a dizer que precisava de ajuda para “limpar o PRTB” e defendeu que não seja necessário se filiar a um partido para ser candidato.

O comando da legenda afirma, nos bastidores, que Marçal recebeu um assessoramento ruim de seu coordenador jurídico, Tassio Renam, e de seu coordenador do plano de governo, Filipe Sabará. Segundo a cúpula do PRTB, eles seriam os responsáveis por afastar o influencer do partido.

Convite a Bolsonaro

Na última semana da campanha, o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, convidou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para se filiarem ao partido.

Durante evento em Guarulhos, onde Marçal, Bolsonaro e Tarcísio apoiam Jorge Wilson (Republicanos), Avalanche disse que o convite seria uma oportunidade para unir as principais lideranças da direita em um único partido.

“Guarulhos hoje marcou essa posição e fica aqui aberto o convite, como presidente nacional do PRTB, para o nosso presidente da República, o nosso Jair Bolsonaro, vir para o partido, que está de porta aberta para te receber. Receber também o nosso governador Tarcísio, que já comentou que algumas vezes quer sair ali do Republicanos”, disse Avalanche na ocasião.

Além de Bolsonaro, Avalanche sonha em ter no partido o deputado federal Nikolas Ferreira (PL) e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos).

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