SP: sargento da PM teria matado colegas por insatisfação com escala
Sargento Gouveia se entregou após matar, a tiros de fuzil, o capitão da PM Josias Justi e o sargento Roberto em Salto, no interior de SP
atualizado
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São Paulo – Insatisfação com a escala de trabalho seria o motivo de o sargento Gouveia, da Polícia Militar de São Paulo, matar, a tiros de fuzil, o capitão Josias Justi da Conceição Júnior, seu superior hierárquico, e o colega de farda Roberto Aparecido da Silva, dentro do batalhão em Salto, no interior paulista.
O Metrópoles apurou que Gouveia já tinha histórico de reclamação com a escala de trabalho, ficou descontente com uma mudança determinada no batalhão e alegou que precisava daquele dia de folga para resolver uma questão familiar. O pedido, no entanto, foi rejeitado pelo seu superior.
Na manhã desta segunda-feira (15/5), ele chegou à 3ª Companhia do 50º Batalhão de Polícia Militar do Interior, em Salto, pegou um fuzil calibre 556 e pediu para que todos os policiais saíssem da unidade.
Em seguida, trancou a porta e foi até a sala do capitão Josias Justi, onde também estava o sargento Roberto, que ajudava o comandante a despachar documentos. Ambos foram fuzilados.
Salto decreta luto
O atirador se entregou após o crime, sem oferecer resistência. O caso é investigado pela Corregedoria da Polícia Militar.
Em nota, a PM lamentou o episódio e afirmou que “todas as providências de Polícia Judiciária Militar estão em andamento”.
“É com extremo pesar que a Polícia Militar informa que, nesta segunda-feira (15), por volta das 9h, dois policiais militares foram atingidos por disparos de arma de fogo efetuados por um sargento da instituição por razões ainda a serem esclarecidas. (…) Infelizmente, as vítimas entraram em óbito”.
Em nota, a Prefeitura de Salto expressou “profunda consternação” com a morte dos dois policiais militares e decretou luto de três dias.
Policial mata no Ceará
O crime ocorreu um dia depois de quatro policiais serem mortos a tiros por um colega dentro da Delegacia Regional de Camocim, no Ceará.
O policial civil Antônio Alves Dourado disse que matou os colegas após ser humilhado pelas vítimas.