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- Foto: BRENO ESAKI/METRÓPOLES
São Paulo – A Secretaria Estadual da Saúde recebeu na última sexta-feira (9/2) as primeiras 79,6 mil doses de vacina contra a dengue enviadas pelo Ministério da Saúde a São Paulo, mas ainda não iniciou a aplicação do imunizante no público alvo – crianças de 10 a 11 anos de idade residentes nas cidades da região do Alto Tietê.
Segundo a secretaria, o governo paulista ainda aguarda orientações sobre a aplicação do ministério para repassar às 11 cidades da região.
“A pasta irá reestruturar as estratégias pré-definidas e divulgará aos municípios e população a programação de distribuição do imunizante”, disse a secretaria paulista, por nota, sem informar previsão do início da aplicação das doses.
No último dia 26 de janeiro, o Ministério da Saúde havia anunciado que o público alvo da campanha em São Paulo seria maior. “Serão vacinadas as crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que concentra maior número de hospitalização por dengue”, disse o órgão federal, em nota à imprensa, na ocasião.
O Metrópoles enviou um pedido de explicações sobre a mudança do público. O espaço segue aberto a manifestações.
As cidades do Alto Tietê – Arujá, Biritiba-Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Santa Isabel – foram escolhidas pelo ministério dentro de uma relação de 521 municípios brasileiros a receber primeiro as doses. São cidades com os mais elevados índices de internação por causa da doença.
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue
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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão
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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada
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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas
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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas
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Há dificuldades na produção do imunizante que impedem a aquisição em massa da vacina, para distribuição mais ampla no Brasil. Seis estados declararam epidemia da doença (São Paulo não está na lista).