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SP: polícia identifica mulher acusada de racismo em shopping de Cotia

Mulher é acusada de imitar macaco e ofender uma família negra em shopping na Grande São Paulo; ela ainda não se apresentou à polícia

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Mulher branca de costas parece imitar um macaco em shopping de Cotia
1 de 1 Mulher branca de costas parece imitar um macaco em shopping de Cotia - Foto: Reprodução

São Paulo —  A Polícia Civil identificou a mulher acusada de praticar racismo contra uma família de mulheres negras em um shopping a céu aberto em Cotia, na Grande São Paulo. Thais Pinheiro Nakamura, de 40 anos, foi apontada como a mulher que imitou um macaco (veja abaixo) e ofendeu três irmãs negras, que estavam acompanhadas do marido e do filho de uma delas.

A polícia chegou até Thais por meio do sistema de reconhecimento facial, utilizado a partir das imagens de monitoramento do próprio estabelecimento. O Metrópoles tentou contato com a acusada, assim como com seu advogado, mas não obteve retorno. O espaço está aberto para manifestações.

Como aconteceu

O episódio de racismo aconteceu na noite de sábado (8/7) em um bar do Open Small The Square. Segundo depoimento das vítimas, tudo começou quando Thais se aproximou de Valdemir Inacio de Souza, uma das testemunhas, e perguntou o que ele fazia “no meio de negros, sendo um cara branco”.

Valdemir acompanhava a namorada Rozinei da Silva Mendes, uma das vítimas, além de cunhados e amigos. Todos estavam reunidos para assistir ao show da cantora Paula Lima.

Indignado, Valdemir disse ter respondido que também era negro e mostrou a Thais a palma de sua mão. Ele lembrou, ainda, que todos estavam ali para assistir ao show de um cantora negra e que Thais estava sendo racista.

Thais, então, teria voltado para sua mesa. Logo depois, em um momento em que Rozinei foi ao banheiro e passou perto dela, percebe que a mulher a chamou de “macaco”.

Rozinei contou o que ouviu a seus familiares e todos olharam para Thais, que segundo eles, “fazia gestos imitando um macaco” e apontava para a família de negros.

Tumulto

Uma das irmãs pegou o celular com a intenção de gravar o que Thais fazia. Ela e sua família se aproximaram da mulher e teve início um tumulto. A situação foi contida por funcionários do estabelecimento.

O advogado das três irmãs negras, José Luiz de Oliveira Junior, informou que apresentou notícia-crime por injúria racial contra a acusada à delegada do 2º DP de Cotia. Thais, que deveria ter comparecido à delegacia na quinta (13/7), não se apresentou para prestar esclarecimentos.

Segundo a polícia, um advogado esteve na delegacia e disse que Thais se apresentaria nesta sexta (14/7), o que também não aconteceu. A polícia aguarda a acusada para ouvir seu depoimento.

Em um vídeo, duas das três vítimas de racismo relembraram o episódio e contaram o quanto têm sofrido desde então (veja alguns trechos abaixo). Elas disseram que vão até o fim para conseguir Justiça.

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