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SP: PM em serviço é preso em flagrante suspeito de tráfico de drogas

Soldado de 37 anos era motorista do comandante do 13º Batalhão da PM, do centro da capital paulista; um homem de 31 anos também foi detido

atualizado

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Divulgação/PMSP
carros da PM de SP
1 de 1 carros da PM de SP - Foto: Divulgação/PMSP

São Paulo – Um policial militar de 37 anos foi preso após membros das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) encontrarem quatro tijolos de maconha no carro do soldado, em uma oficina mecânica no centro da capital paulista.

Além do PM Geovany Jorge Alves da Silva Junior, que estava em horário de serviço, Rafael Barbosa Lopes Santos de Jesus, 31, responsável pela oficina, também foi preso.

O flagrante ocorreu no último dia 17, na Alameda Dino Bueno, que fica a cerca de 400 metros de distância do 13º Batalhão da PM, onde o soldado Geovany estava lotado como motorista do comandante. Além da droga, foram encontrados euros e reais na viatura usada pelo PM em serviço.

A agência de inteligência da Rota recebeu uma denúncia anônima indicando que Rafael usava carros de sua oficina para guardar drogas. O estabelecimento, que não tem fachada indicativa, foi encontrado pelos policiais militares por volta das 14h40. No local havia 20 veículos.

Um cão farejador da própria PM foi escalado para vasculhar o local. Ele indicou a presença de drogas em um Chevrolet Prisma preto e também em um Volkswagen Golf, da mesma cor.

No Prisma, que posteriormente comprovou-se pertencer ao soldado do 13º BPM, foram encontrados quatro tijolos de maconha, escondidos sob o banco dianteiro do passageiro. Mais um tijolo da erva foi localizado no porta-malas do outro veículo, pertencente a Rafael.

Pagamento em maconha

Documento da Polícia Civil aponta que Rafael confirmou a ida do PM até sua oficina, em meados de junho, deixando no local os tijolos de maconha, duas placas de veículos e uma balança de precisão.

“Uma semana depois, Geovany teria retornado para buscar parte das drogas, ocasião em que Rafael pediu algum pagamento pela guarda das drogas, tendo Geovany lhe entregue um tablete [de maconha]”, diz trecho dos registros oficiais do caso.

Enquanto Rafael explicava como a maconha chegou até sua oficina, PMs da Rota notaram que o soldado Geovany, que estava de serviço, passou em frente à oficina mecânica com a viatura M-13000, o veículo oficial do comandante do batalhão. Após isso,  a Corregedoria da corporação foi acionada.

Enquanto Rafael era conduzido para o 2º DP (Bom Retiro), policiais da Corregedoria foram até o Grande Comando da Área Central da Capital (CPA-M1), onde encontraram o soldado Geovany.

No carro usado por ele para trabalhar, o mesmo avistado pelos PMs da Rota passando em frente à oficina mecânica, os corregedores encontraram 1.500 euros (R$ 8 mil), além de R$ 580 e um distintivo da PM. Os itens estavam guardados em uma mochila, no compartimento destinado à condução de presos.

Em foto colorida outo tijolos de maconha sobre mesa preta. Ao funto, bandeira do 13º Batalhão da PM - Metrópoles
Apreensão de maconha feita em 17 de julho por policiais do 13º BPM da capital paulista

Com o soldado, também foram encontrados dois celulares, apreendidos para serem periciados.

As prisões do PM e de Rafael foram convertidas para preventivas, ou seja por tempo indeterminado, no dia 18, segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). Ambos foram indiciados por tráfico de drogas e associação ao tráfico.

Por ser policial, o soldado segue detido no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte paulistana.

Defesa e SSP

A Polícia Militar afirmou, em nota enviado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, não compactuar com desvios de conduta e que “toda denúncia recebida é apurada com rigor.”

A corporação disse que a prisão do soldado foi feita pela Corregedoria, sob suspeita de tráfico de drogas, e que ele foi encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes.  “Detalhes serão preservados, visto que a investigação corre sob segredo de Justiça”, afirma trecho da nota.

A defesa dos presos também foi procurada pelo Metrópoles, nesta terça-feira (29/8), mas não deu retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

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