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SP: Nunes culpa Enel por novo apagão e fala em “se livrar” da empresa

Prefeito Ricardo Nunes disse que a Enel “obviamente” tem culpa pelo apagão em São Paulo após o temporal que atingiu regiões do estado

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Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco de cabelos e barba pretos, de terno e camisa azuis, gesticulando com as mãos, em uma sala com paredes amarelas e quadros com fotos em preto e branco - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra Ricardo Nunes, homem branco de cabelos e barba pretos, de terno e camisa azuis, gesticulando com as mãos, em uma sala com paredes amarelas e quadros com fotos em preto e branco - Metrópoles - Foto: Governo do Estado de São Paulo

São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB) fez duras críticas à Enel, distribuidora de energia elétrica de São Paulo, na manhã deste sábado (12/10), por causa do apagão em bairros das zonas oeste e sul da cidade, provocado pelo forte temporal da noite de sexta-feira (11/10). Segundo Nunes, mais de 950 mil imóveis estão sem luz na capital, quase um quinto das unidades consumidoras.

De acordo com o prefeito, a falta de luz foi causada por problemas em estações de transmissão de energia da Enel, que ficam fora da cidade. Além disso, o balanço divulgado pela manhã aponta 386 quedas de árvores e galhos e 168 semáforos sem funcionar.

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Temporal em São Paulo deixou bairros sem luz nessa sexta-feira (11/10)
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Temporal em São Paulo deixou bairros sem luz nessa sexta-feira (11/10)

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Nunes disse que mais da metade das árvores caídas está em contato com a rede elétrica, e que a Enel precisa cortar o fornecimento de energia para que equipes da prefeitura façam a remoção ou poda. Segundo ele, são mais de 4 mil funcionários atuando no plano de contingência.

“Conversei com o presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica, o Sandoval [de Araújo]. Ele me disse que vai fazer um termo para iniciar processo de caducidade junto à Enel, se constatado que houve culpa ou alguma inércia da Enel, que obviamente tem”, afirmou Ricardo Nunes, em entrevista a jornalistas. Ele chegou a dizer que os problemas devem ser mostrados para “que a gente possa se livrar dessa empresa aqui na nossa cidade”.

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Queda de árvore em Perdizes, bairro na zona oeste de SP
Entrada de condomínio residencial interditada pela queda de árvores
Condomínio residencial na zona sul de SP
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Árvore caída no bairro Jaguaré, na zona oeste

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Queda de árvore em Perdizes, bairro na zona oeste de SP

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Entrada de condomínio residencial interditada pela queda de árvores

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Condomínio residencial na zona sul de SP

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O processo de caducidade anula um contrato de licitação caso o poder público entenda que a concessionária descumpriu os termos. Nesse caso, é dado um prazo para que a concessionária corrija as falhas.

O prefeito também recordou do apagão ocorrido em novembro do ano passado, quando moradores de São Paulo ficaram por quase uma semana sem luz. Na ocasião, a Enel foi multada pela demora no restabelecimento da energia.

Em coletiva, o presidente da Enel em São Paulo, Guilherme Lencastre, afirmou que a concessionária compôs um centro de crise em conjunto com a Prefeitura após os problemas provocados pelo temporal.

“A gente está levando dois funcionários nossos para lá atuar em conjunto com a própria Prefeitura. Estão nesse momentos juntos trabalhando justamente para que haja uma coordenação entre quais são as prioridades da prefeitura, e levando em consideração as prioridades também que são reconectar os clientes.”

Resposta “aquém de suas obrigações”

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) afirmou por meio de nota que a resposta da Enel em São Paulo aos problemas provocados pelo temporal no estado “está aquém de suas obrigações com o nível de serviço desejado e com a expectativa de seus consumidores”.

No texto, a Aneel acrescenta que pediu à sua área de fiscalização que “intime imediatamente a empresa para apresentar justificativas e uma proposta de adequação imediata do serviço diante das inúmeras ocorrências registradas ontem e hoje, de falha na prestação do serviço de distribuição”.

“É inadmissível, que após um ano, a população de São Paulo tenha que experimentar mais uma vez demora no restabelecimento do serviço e falta de comunicação da empresa com seus consumidores”, diz o documento da Aneel, referindo-se a problemas similares registrados no estado em 2023.

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