SP: nova unidade dos Correios deve agilizar encomendas internacionais
Unidade dos Correios inaugurada no interior de São Paulo promete acelerar distribuição de encomendas internacionais no país
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo — A entrega de encomendas internacionais deve ficar mais rápida no Brasil com a inauguração de uma nova unidade dos Correios em Valinhos, no interior de São Paulo.
O Centro Internacional de Valinhos, aberto nesta terça-feira (18/7), tem capacidade para receber 60 mil encomendas por dia e vai facilitar a distribuição da carga que chega ao Brasil através dos aeroportos internacionais de Viracopos, em Campinas, e São Paulo, em Guarulhos.
Localizado às margens da rodovia Anhanguera, o espaço é o primeiro focado em mercadorias internacionais que fica fora de uma capital brasileira. As outras unidades estão localizadas em Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro.
“Isso vai agilizar bastante os procedimentos de desembaraço de entrega de mercadorias”, afirma o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos. Ele esteve no evento de inauguração do centro nesta terça. O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, também participou da agenda.
Fabiano afirma que o tempo total de entrega é impactado por vários fatores, como a fiscalização realizada pela Receita Federal e o Exército. Mesmo assim, ele garante que a estatal está empenhada em acelerar a chegada dos produtos às casas dos brasileiros.
“Todos estamos trabalhando imbuídos das melhores práticas para que essa mercadoria chegue para o povo de forma mais ágil”, diz ele.
O presidente da estatal afirma ainda que a inauguração em Valinhos faz parte de um projeto de descentralização das encomendas, que envolverá ainda a abertura de um Centro de Tratamento de Encomendas em Brasília, e a implantação de um Centro Internacional no Rio Grande do Norte.
Privatização
Em entrevista ao Metrópoles, Fabiano disse que os Correios passam agora por um processo de valorização depois de anos de “sucateamento”.
“O objetivo [do governo anterior] era de fato desvalorizar a empresa e sucateá-la para privatizar”.
Segundo o presidente, a gestão atual tem o objetivo de expandir a estatal e estuda a abertura de novos concursos públicos. “Retomando o negócio, naturalmente a gente vai precisar de mais pessoas”, afirma Fabiano. Ele diz que o último concurso é de 2011.
Em abril, o governo federal retirou os Correios da lista de programas de desestatização. A medida foi anunciada por meio de edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Ao contrário de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendia a privatização da empresa.