SP lança “operação de choque” para reforçar segurança na Faria Lima
Governo de SP quer aumentar sensação de segurança com operação que leva mais policiais para região da Faria Lima, centro financeiro do país
atualizado
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São Paulo — A Secretaria da Segurança Pública (SSP) lançou nesta terça-feira (19/12) a Operação Impacto Faria Lima, no centro financeiro da capital paulista. Deslocamento de batalhões especiais e aumento de efetivo na região é o objetivo da ação, como forma de aumentar a percepção de segurança da população no local.
“Mesmo os indicadores sendo favoráveis nesses pontos em comparação com períodos anteriores, a percepção de segurança precisa avançar. A população quer ver o policial na rua, a viatura passando”, disse o secretário Guilherme Derrite.
Segundo ele, serão deslocados agentes do policiamento de Choque, de Trânsito, do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e de Rádio-Patrulha.
“Tenho certeza que com esse patrulhamento mais constante a percepção de segurança pública também vai mudar favoravelmente ao lado da polícia”, afirmou Derrite. De acordo com a SSP, serão empregados na região cerca de 190 policiais, 36 viaturas e 110 motocicletas.
Durante o lançamento da operação, que contou também com as presenças do comandante da Polícia Militar, coronel Cássio Araújo de Freitas, e do delegado-geral, Artur Dian, Derrite aproveitou para defender sua administração à frente da Segurança Pública.
“Os números são extremamente favoráveis comparados a qualquer outra gestão, em especial a produtividade policial. Nunca se prendeu tanto bandido. São mais de 164 mil criminosos presos, isso é recorde na história. São mais de 264 toneladas de droga apreendidas, em especial, drogas que alimentam o caixa da facção criminosa que atua em São Paulo e em todo o Brasil”, disse.
O secretário, que é deputado federal licenciado do cargo, também criticou a legislação que, segundo ele, dificulta a permanência de criminosos na cadeia.
“A gente tem dificuldade com a reincidência criminal. É isso que vocês, amigos da imprensa, têm que parar, minimamente um segundo, para pensar”, disse.
“É normal um indivíduo que pertence à maior facção do Brasil sair pela porta da frente por uma decisão da Corte Suprema? É a pergunta que faço para vocês. Como se sente o policial que aborda o indivíduo que ‘fala tenho oito passagens pelo crime de roubo'”, completou.
Derrite também criticou a atuação do Senado. “Cadê a pressão da imprensa para cima deles? Cadê a pressão para acabar com audiência de custódia, que libera, em alguns crimes, 54% dos indivíduos presos pela polícia? Então, a nossa dificuldade é zero. A gente ama o que faz, mas nosso país não tem lei adequada para punir criminoso”, disse.
