SP: Justiça decreta prisão preventiva de envolvidos no sumiço de bebê
Justiça de SP confirmou a prisão preventiva de homem e mulher flagrados com bebê de 2 anos, que havia desaparecido de Santa Catarina
atualizado
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São Paulo – O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decretou a prisão preventiva de Marcelo Valverde Valezi, de 52 anos, e Roberta Porfirio de Sousa Santos, 41, que estavam com um bebê de 2 anos, dado como desaparecido em Santa Catarina havia mais de uma semana.
A audiência de custódia foi realizada nesta terça-feira (9/4). No dia anterior, os dois haviam sido detidos em flagrante por suposto tráfico de pessoa durante uma abordagem da Polícia Militar no Tatuapé, na zona leste da capital paulista.
Na ocasião, os policiais receberam denúncia que o veículo estava envolvido no sequestro de um bebê, em Santa Catarina, desaparecido desde o dia 30 de abril. Os PMs encontraram a criança em uma cadeirinha no banco de trás do carro.
Aos PMs, Marcelo e Roberta alegaram que a criança havia sido entregue pela própria mãe e estavam a caminho do Fórum para regularizar a doação. Também disseram que não eram um casal e tinham uma relação de “conhecidos”.
O caso foi registrado no 30º Distrito Policial (Tatuapé). Na delegacia, os suspeitos se mantiveram em silêncio.
Mãe do bebê teria sido aliciada
Responsável por investigar o desaparecimento do bebê em Santa Catarina, a delegada Sandra Mara Pereira, da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de São José (SC), entrou em contato com a polícia de São Paulo e repassou informações da investigação.
Segundo a delegada, a mãe Nathalia Areias Gaspar, de 22 anos, declarou ter dado o filho espontaneamente, “sem recebimento de nenhuma vantagem”, “constrangimento” ou “ameaça”. Ela também é investigada no caso.
A delegada considera, no entanto, que a mulher apresenta “quadro de extrema vulnerabilidade”, tem “histórico de agressões no interior do lar” e até precisou ser internada depois de entregar o filho.
No inquérito, consta que Marcelo e a mulher dele, identificada como Juliana, “vinham aliciando a genitora (…) a fim de que esta lhes entregasse a criança, sem observância do procedimento legal para adoção”.