SP: ferido, caminhoneiro mata ladrão com golpe de extintor na cabeça
Caminhoneiro tentou se defender com faca de churrasco, foi desarmado por bandidos e usou extintor para se defender de assaltantes em Santos
atualizado
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São Paulo – Para se defender de um assalto, um caminhoneiro usou um extintor de incêndio para atingir um dos criminosos, que acabou morrendo com o golpe na cabeça. O caso aconteceu em Santos, no litoral de São Paulo.
Por volta das 5h de quarta-feira (7/6), o motorista João Darlan Ribeiro aguardava em seu caminhão a abertura de uma empresa, no bairro Alemoa, para descarregar uma carga de produtos químicos.
Em depoimento à polícia, ele afirmou ter sido surpreendido por três criminosos, que quebraram o vidro da cabine e entraram nela. Ao perceber que um dos bandidos estava com um revólver, o caminhoneiro conseguiu pegar uma faca de churrasco para tentar se defender.
Os criminosos se assustaram com a reação, mas conseguiram desarmar a vítima – que, inclusive, teria sido ferida com a própria faca e coronhadas do revólver na cabeça.
Durante a luta dentro da cabine, o motorista conseguiu sair da cabine com o extintor de incêndio nas mãos. Os três criminosos desceram para detê-lo e João Darlan atingiu a cabeça de um deles, Eugênio Araújo da Silva, de 43 anos, com o extintor. Ele morreu na hora. Nesse momento, os outros dois ladrões correram.
Em um vídeo feito com celular, uma testemunha comenta como foi a reação do caminhoneiro (assista abaixo).
Durante a briga dentro da cabine do caminhão, a Polícia Militar também havia sido chamada por testemunhas.
Os policiais chegaram no momento em que os criminosos saíram da cabine. Um deles conseguiu fugir e o outro, de acordo com os PMs, atirou contra eles, que revidaram. Otávio Silva Santana, de 28 anos, também morreu no local, durante o tiroteio com os policiais militares. Com ele foi encontrado um revólver calibre 38, com um disparo deflagrado.
O outro bandido não havia sido localizado até a publicação desta reportagem. Ele levou da vítima R$ 530, um relógio avaliado em R$ 900, além da faca de churrasco campeira, usada pela vítima para se defender, avaliada em R$ 400.
O caminhoneiro não foi autuado pela morte de Eugênio. “Diante das circunstâncias, para preservar sua vida, [ele] agiu em legítima defesa revidando a agressão e, consequentemente, as lesões sofridas durante o roubo”, escreveu em seu relatório o delegado Arilson Veras Brandão.