metropoles.com

SP: empresa vence polêmico pregão de câmeras com lance de R$ 9,2 mi

Smart Sampa, que prevê instalação de câmeras de reconhecimento facial, foi questionado na Justiça e pelo TCM; proposta ainda será avaliada

atualizado

Compartilhar notícia

Peter Cade/Getty
Imagem colorida de câmeras de reconhecimento facial
1 de 1 Imagem colorida de câmeras de reconhecimento facial - Foto: Peter Cade/Getty

São Paulo – Empresa que fez proposta de R$ 9,2 milhões venceu o polêmico pregão eletrônico do Smart Sampa nesta segunda-feira (29/5). O programa prevê a implementação de uma plataforma de videomonitoramento e 20 mil câmeras de reconhecimento facial funcionando integradas.

Doze empresas apresentaram propostas. O nome da vencedora só será divulgado, segundo a Prefeitura de São Paulo, após a conclusão do processo e assinatura do contrato.

O pregão vem sendo contestado desde o ano passado, quando o edital chegou a ser suspenso pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). O órgão liberou a compra em abril deste ano. Depois, foi a vez de a Bancada Feminista, mandato coletivo do PSol na Câmara Municipal de São Paulo, conseguir  liminar na Justiça.

Na última terça (23), a Prefeitura de São Paulo conseguiu derrubar a liminar. A Defensoria Pública de SP, em conjunto com outras entidades, também pediu a suspensão da licitação, mas a Justiça manteve o pregão.

A principal alegação contra as câmeras é que os recursos de reconhecimento facial representariam riscos para direitos fundamentais dos cidadãos e cidadãs, como o direito à igualdade, à liberdade, à intimidade, à privacidade e à presunção de inocência, “tendo em vista o impacto de seu uso nos direitos das populações mais vulneráveis, em especial pessoas negras, pardas, transgênero e crianças”.

A aquisição dos equipamentos é uma das apostas da gestão Ricardo Nunes (MDB) para enfrentar o consumo e tráfico de drogas na Cracolândia e reduzir a sensação de insegurança na região central da cidade, alvo de críticas recentes por causa da aparente situação de abandono.

Cronograma

A instalação da plataforma e dos novos equipamentos seguirá cronograma estabelecido no edital, que prevê, em 2 meses, a implantação da primeira versão da plataforma, com a instalação inicial de 200 novas câmeras após a assinatura de contrato.

A Central de Monitoramento será implementada, em um primeiro momento, na sede da Prefeitura de São Paulo, conforme previsto no edital, e caso o acordo referente ao prédio dos Correios prosperar, a central poderá ser transferida para o local.

A partir de agora, a proposta passa por avaliação tecnológica, além de análise econômico-financeira e de toda documentação da empresa responsável. Durante esse período, a licitação fica suspensa. Se houver alguma inconsistência na documentação, a vencedora será desclassificada e a licitante com a segunda proposta mais vantajosa será convocada.

Os aparelhos serão instalados próximos a escolas, unidades básicas de saúde, parques, bem como em áreas de grande circulação e com maior incidência de criminalidade, além de serem disponibilizadas nas entradas e saídas do munícipio.

Em relação às críticas, a prefeitura garante que todos os alertas emitidos pela câmeras passarão pela análise criteriosa de um agente devidamente treinado e capacitado para evitar injustiças.E que o programa seguirá a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), utilizando as informações apenas para os fins exclusivos de segurança pública, de forma sigilosa e confidencial.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comSão Paulo

Você quer ficar por dentro das notícias de São Paulo e receber notificações em tempo real?