SP: em clima de “traição” na Câmara, TCM indica conselheiros a Nunes
Tribunal de Contas sugere 10 conselheiros ao prefeito Ricardo Nunes; enquanto isso, presidente da Câmara, Milton Leite, cobra indicações
atualizado
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São Paulo – O Tribunal de Contas do Município (TCM-SP) enviou ao prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), uma lista com dez sugestões de nomes para conselheiros temporários enquanto o prefeito não indica quem será o novo conselheiro efetivo do órgão.
O TCM tem cinco conselheiros e o mais idoso deles, Maurício Faria, indicado pela ex-prefeita Marta Suplicy, fará aniversário de 75 anos nesta terça-feira (30/5). Assim, ele terá de se aposentar compulsoriamente.
Nunes ainda não apontou quem será o novo conselheiro e essa indicação vem trazendo problemas políticos ao prefeito.
O presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União), vem fazendo pressões para que o nomeado seja uma pessoa indicada por ele – Leite quer indicar seu filho, o deputado estadual Milton Leite Filho (União), para o cargo.
O prefeito, entretanto, tem suas próprias preferências e deu sinais de que não atenderá o pedido do aliado.
A negativa fez surgir uma crise entre os dois. A interlocutores, Leite vem dizendo que a indicação era um acordo que já havia sido selado e que seu descumprimento é uma “traição” de Nunes.
Indicados
A lista enviada a Nunes pelo presidente do TCM, Eduardo Tuma, é composta especialmente por advogados e procuradores que já trabalham no tribunal, lotados nos gabinetes dos outros quatro conselheiros.
Um dos indicados, Rubens Chammas, foi secretário de Planejamento na gestão de Gilberto Kassab (PSD). Dois deles, Carlos Macruz Filho e Daniela Cordeiro de Farias, já atuaram como conselheiros temporários.
Outros dois, Maria Tereza Gomes da Silva e Luiz Fernando de Camargo Prudente do Amaral, já vinham trabalhando para Nunes. Maria Tereza participou da elaboração da polêmica revisão do Plano Diretor de Nunes, enquanto Luiz Fernando trabalhou na Controladoria Geral do Município, órgão de combate à corrupção que passa por um processo de redução de atividades.
O Metrópoles questionou a Prefeitura sobre a indicação do prefeito ao TCM, mas não teve resposta.