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SP: brasileiro ligado à Yakuza e condenado por morte no Japão é preso

Alexandre Miura foi condenado pelo sequestro e homicídio de um empresário japonês em 2001; ele foi preso na casa de parentes na zona leste

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Reprodução/SBT
Captura de tele mostra homem sendo levado por policial
1 de 1 Captura de tele mostra homem sendo levado por policial - Foto: Reprodução/SBT

São Paulo – Um homem condenado por participar de um sequestro seguido de assassinato no Japão há mais de 20 anos foi preso pela Polícia Militar, na noite de domingo (10/3), no Itaim Paulista, no extremo leste da cidade de São Paulo. Segundo a polícia japonesa, o crime teria sido encomendado pela principal organização criminosa daquele país, a máfia Yakuza.

Preso na casa de familiares, Alexandre Hideaki Miura foi identificado por policiais que faziam patrulha na região. Ao ser abordado, ele confessou ter participado do crime e foi encaminhado à Polícia Federal, onde permanece preso.

Como foi o crime

De acordo com as autoridades do Japão, Alexandre e outros três brasileiros participaram do crime, cometido em 2001. O grupo sequestrou o empresário Harumi Inagaki quando ele chegava em casa, na cidade de Nagoya, sul do país.

Segundo as investigações, o empresário tinha ligações estreitas com a Yakuza e a ação foi considerada um ato de vingança possivelmente por alguma negociação malsucedida com a máfia.

Durante o sequestro, os criminosos dispararam tiros que atingiram a vítima e a sua esposa, única a sobreviver. Alexandre e os comparsas fugiram levando o corpo de Inagaki, além de dinheiro e outros objetos de valor que estavam na casa.

O corpo do empresário foi colocado em um barril com cimento e lançado em um rio. Uma semana depois, os assassinos chegaram a pedir resgate para a família.

Quatro brasileiros

Além de Alexandre Hideaki Miura, as investigações da polícia japonesa apontaram que outros três brasileiros participaram do sequestro: Marcelo Yokoyama e outros dois homens, até hoje não identificados.

Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Alexandre e Marcelo retornaram ao Brasil poucos dias depois do crime. O caso passou a tramitar na Justiça brasileira em 2017, após um pedido de cooperação internacional das autoridades japonesas.

Entre 2017 e 2020, quando a ação penal já estava em curso, ele chegaram a cumprir prisão preventiva no Brasil, mas acabaram soltos.

Em julho de 2022, foram condenados pela Justiça Federal a 30 anos de prisão pelo envolvimento no crime. Desde então, os dois passaram a ser considerados foragidos. Com a prisão de Alexandre, apenas Marcelo segue sendo procurado pela polícia.

 

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