SP bate recorde histórico de focos de incêndio em agosto, diz Inpe
Entre essas quinta-feira (22) e sexta-feira (23), 2.316 focos de incêndio foram registrados em SP, número 7 vezes maior que agosto de 2023
atualizado
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São Paulo — O estado de São Paulo registrou no mês de agosto até essa sexta-feira (23/8) 3.175 focos de incêndio, um recorde histórico em relação aos meses de agosto desde 1998. A marca chega antes mesmo do mês terminar. O número supera o maior registrado em 2010, quando foram contabilizados 2.444 focos de fogo no estado somente em agosto. Além disso, representa 63,8% do total de 4.973 focos registrados no estado até o momento em 2024.
Os dados, que são do monitoramento de focos ativos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam ainda que, somente entre quinta-feira (22) e sexta-feira (23), 2.316 focos de fogo foram contabilizados no estado paulista, número quase 7 vezes maior ao registrado em todo o mês de agosto do ano passado, quando foram contabilizados 352 incidentes.
Os números colocam São Paulo no topo da lista de incêndios do país no fim desta semana, inclusive à frente de estados da Amazônia Legal, que têm o maior registro de focos de queimadas em 17 anos, situação agravada pela seca que castiga mais de mil cidades brasileiras. A fumaça já afeta 10 estados e deve seguir sobre o país até este fim de semana.
O Programa BDQueimadas, organizado pelo Inpe, monitora os focos ativos com base em satélites de referência, para obter os dados que compõem a série histórica e permitem o comparativo entre diferentes períodos.
Cidades do estado mais afetadas
O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) determinou na tarde dessa sexta-feira (23) que a Defesa Civil do estado instaurasse o Gabinete de Crise Emergencial para lidar com os incêndios florestais que atingem, principalmente, o interior paulista.
De acordo com o monitoramento do Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE) da Defesa Civil, 34 cidades do estado estão com alerta máxima para queimadas, e 24 enfrentam focos ativos de incêndio.
São elas: Alumínio, Bananal, Bebedouro, Boa Esperança do Sul, Coronel Macedo, Dourado, Iacanga, Ibitinga, Jaú, Lucélia, Monte Alegre do Sul, Nova Granada, Piracicaba, Pitangueiras, Poloni, Pompeia, Pontal, Presidente Epitácio, Salmourão, Santo Antônio da Alegria, Santo Antônio do Arancanguá, Tabatinga, Taquarituba e Torrinha.
No topo da lista do Inpe aparece a cidade de Pitangueiras, com 86 focos de incêndio. Em seguida, vem Altinópolis com 62 focos e Sertãozinho, com 55. Juntas, as três cidades somam 203 focos.
Pontes Gestal, Urupês, Salmourão e Pontal aparecem na sequência com mais 165 casos juntas. Ribeirão Preto consta entre as 20 cidades com mais ocorrências do estado, com 32.
Confira o levantamento completo do Inpe:
- Pitangueiras, com 86 focos
- Altinópolis, com 62 focos
- Sertãozinho, com 55 focos
- Pontes Gestal, com 45 focos
- Urupês, com 41 focos
- Salmourão, com 40 focos
- Pontal, com 39 focos
- Altair, com 38 focos
- José Bonifácio, com 38 focos
- Dourado, com 37 focos
- Olímpia, com 37 focos
- Patrocínio Paulista, com 37 focos
- Andradina, com 34 focos
- Ibitinga, com 34 focos
- Jaboticabal, com 34 focos
- Areiópolis, com 33 focos
- Barrinha, com 32 focos
- Onda Verde, com 32 focos
- Ribeirão Preto, com 32 focos
- Santa Cruz da Esperança, com 31 focos