SP: avô é preso após neto postar foto com sua arma para ameaçar alunos
Menino de 12 anos publicou foto nas redes sociais com arma do avô, com quem morava na cidade de Cajati, no interior de SP
atualizado
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São Paulo – A Polícia Civil prendeu na manhã desta terça-feira (25/4) o avô de um menino de 12 anos, após o garoto postar fotos na internet com uma arma dele afirmando que iria realizar um ataque em uma escola pública de Cajati, pequena cidade do Vale do Ribeira, a cerca de 230 km da capital paulista.
Representantes de escolas públicas da região informaram a polícia sobre as ameaças feitas pelo garoto nas redes sociais.
Com base nas postagens, a polícia identificou o garoto e pediu autorização à Justiça para fazer busca e apreensão. A ordem judicial foi cumprida na residência onde menino e o avô moram, no bairro Capitão Brás.
O próprio avô atendeu os policiais e os acompanhou durante as buscas.
No armário do dormitório do homem, foi encontrada uma espingarda antiga, calibre 32, municiada. Já no cômodo onde o menino dorme foram encontradas e apreendidas armas feitas com papelão.
O homem foi preso por porte ilegal de arma de fogo. A defesa dele não foi encontrada até a publicação desta reportagem. Não foi informado o destino do garoto de 12 anos.
Ameaças e ataques
O cerco policial às ameaças de atentado na internet se intensificou após o ataque realizado em março por um aluno de 13 anos na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste da capital paulista.
O adolescente invadiu a escola numa manhã de segunda-feira com uma faca e matou a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos. Outras quatro pessoas ficaram feridas e o jovem foi apreendido.
O caso espalhou temor em colégios paulistas, resultando na descoberta de sete planos de ataque a escolas da Grande São Paulo e do interior paulista, em menos de 48 anos.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou os que os registros de ocorrências, envolvendo alunos em escolas, estariam relacionados à “reprodução exaustiva” de imagens do atentado da zona oeste.
Um mês antes, em fevereiro, o Metrópoles mostrou o caso de um adolescente de 17 anos que, usando uma braçadeira com suástica nazista, arremessou um explosivo de fabricação caseira contra uma escola na região de Campinas, também no interior paulista.