Governo de SP altera regras para pagamento de bônus a professores
Novo modelo vale para este ano letivo, de acordo com o secretário da educação de SP Renato Feder; bônus pode chegar a até 2 salários-mínimos
atualizado
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São Paulo — A partir deste ano, o sistema de bonificação de professores da rede estadual de São Paulo será feito a partir do desempenho dos estudantes em um número maior de disciplinas e de turmas. Vão ser contabilizadas para o pagamento de bônus, as notas de todas as séries e matérias avaliadas no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) do Ensino Fundamental e Médio.
Até a última edição, o bônus era definido pelo rendimento apenas nas provas de língua portuguesa e matemática das séries finais dos ciclos – 5º e 9º anos do Ensino Fundamental e 3ª série do Ensino Médio.
O resultado será proporcional à carga horária, a partir das médias das turmas de acordo com a meta estipulada para cada série.
O novo modelo foi anunciado pelo secretário da educação Renato Feder na última sexta-feira (26/4), em transmissão ao vivo para servidores da rede estadual de São Paulo.
Meta por escola
No novo formato, as escolas seguem com metas próprias. São computadas a evolução na aprendizagem, a frequência do aluno e a participação dos estudantes no Saresp e no Provão Paulista Seriado.
Essa meta por escola vai servir de baliza para professores de disciplinas como Educação Física, que não está no Saresp e nem no Provão Paulista Seriado. Docentes de disciplinas eletivas, de itinerários do Ensino Médio, além de gestores e profissionais do quadro de apoio e projetos também se enquadram no perfil.
No caso dos professores que atuam em mais de uma escola ou, ao mesmo tempo, em disciplinas avaliadas e não-avaliadas pelo Saresp e Provão, a composição do benefício será a ponderação entre a meta escola e a meta disciplina.
Bônus Ouro e Diamante
Escolas e professores que alcançarem 100% da meta serão bonificados pelo tipo chamado “diamante”, com uma bonificação de dois salários. Já no índice “ouro”, de 50%, o bônus será de um salário.
Segundo a Secretaria da Educação da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), as metas foram ajustadas a cada escola a partir de fatores como ciclo, vulnerabilidade e quantidade de estudantes matriculados por unidade.
Durante o encontro virtual, Renato Feder garantiu o pagamento da bonificação referente ao ano de 2023 ainda neste primeiro semestre.