SP: advogado mata 3 capivaras a tiros em parque para “evitar doenças”
Advogado é investigado após matar três capivaras em um parque no interior de SP; ele foi preso, mas liberado após audiência de custódia
atualizado
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São Paulo — Um advogado foi preso após matar três capivaras a tiros em um parque público em Bebedouro, no interior de São Paulo. A prisão aconteceu na terça-feira (5/9) durante mandado de busca e apreensão. Ele foi solto no dia seguinte, após audiência de custódia, e vai responder em liberdade por posse ilegal de arma de uso restrito.
Luciano Ferreira de Oliveira, de 48 anos, ainda é investigado por crime ambiental pelas mortes das capivaras. Em transmissão feita nas redes sociais, o advogado justificou a atitude como uma medida para evitar a propagação de doenças, como a febre maculosa.
“A minha intenção não soou como uma das melhores. A gente tem tido muito contato com pessoas vítimas dos parasitas, os carrapatos-estrela. Eu tenho [conhecimento de] pessoas que, caminhando no lago, voltaram tomadas por carrapatos. A minha decisão não foi a melhor possível, mas eu penso que temos que encontrar uma solução. Elas [capivaras] não podem ficar a 50 metros de onde crianças estão brincando e que hoje é um dos pontos turísticos mais bonitos da cidade”, afirmou Luciano.
Ataque a tiros
Três capivaras foram encontradas mortas com ferimentos de disparo de arma de fogo, na noite do dia 23 de agosto, próximas a um lago artificial da cidade, segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Durante as diligências, o advogado foi identificado como suspeito do crime. A Justiça deferiu um mandado de busca e apreensão no imóvel de Luciano. Durante a vistoria, foram encontradas e apreendidas uma carabina de calibre 22, equipada com silenciador, e uma pistola, ambas registradas em nome do próprio advogado.
As armas do suspeito eram de uso restrito e, por esse motivo, ele foi preso em flagrante, ainda de acordo com a SSP. “O caso segue em investigação visando o esclarecimento das mortes das capivaras”, afirmou a pasta.
O Metrópoles entrou em contato com a defesa do advogado, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para comentários e esclarecimentos.