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SP tem 21 ataques diários de aranha, incluindo as mais letais do mundo

Entre janeiro e 4 de junho deste ano, estado registrou 3.364 ataques de aranhas; em 2023 foram 9.201, dos quais dois resultaram em morte

atualizado

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Duas aranhas armadeira em teia, próximo a uma edificação, em área de mata aberta - Metrópoles
1 de 1 Duas aranhas armadeira em teia, próximo a uma edificação, em área de mata aberta - Metrópoles - Foto: Pedro Bolle/USP Imagens

São Paulo – As três espécies mais perigosas de aranhas do mundo podem ser encontradas no estado de São Paulo, onde, somente neste ano, foram registrados 3.364 acidentes com aracnídeos.

A peçonha dos animais pode provocar necrose da pele, amputação de membros, como ocorreu com um garçom no litoral paulista, no início deste ano, e até a morte.

Os casos fatais mais recentes foram registrados pelo governo paulista no ano passado, quando duas pessoas morreram em decorrência de acidentes com aracnídeos.

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Aranha armadeira está entre as três espécies mais perigosos do mundo à saúde humana
Aranha armadeira pode saltar até 40 centímetros em direção à vítima, ou contra algum alvo que a deixe insegura
Aranhas armadeiras (venenosas) na teia durante o dia. As armadeiras recebem esse nome porque “se armam” (levantam 4 patas para ganhar impulso) e pulam em suas vítimas para inocular seu veneno através das quelíceras
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Aranhas armadeiras (venenosas) em teia durante o dia, com árvores próximas ao Instituto de Psicologia da USP ao fundo

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Aranha armadeira está entre as três espécies mais perigosos do mundo à saúde humana

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Aranha armadeira pode saltar até 40 centímetros em direção à vítima, ou contra algum alvo que a deixe insegura

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Aranhas armadeiras (venenosas) na teia durante o dia. As armadeiras recebem esse nome porque “se armam” (levantam 4 patas para ganhar impulso) e pulam em suas vítimas para inocular seu veneno através das quelíceras

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Considerando os 3.364 casos divulgados pelo do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), do governo estadual paulista, entre 1º de janeiro, até 4 de junho, é como se 21 pessoas fossem picadas diariamente.

De 1988, quando se iniciou a série histórica de acidentes com aracnídeos em São Paulo, até junho deste ano, foram registradas 22 mortes decorrentes das picadas.

Entre 2022 e 2023 também houve um aumento significativo na quantidade de acidentes envolvendo aranhas no estado. Foram, respectivamente, 5.532 e 9.201, representando aumento de 66,3%.

As aranhas mais venenosas

As três mais perigosas à saúde humana podem ser encontradas em São Paulo. São elas: a aranha armadeira, a aranha marrom e a viúva-negra.

Dos 73 acidentes registrados pelo CVE na Baixada Santista neste ano, por exemplo, 22 foram com aranhas marrons, quatro com armadeiras e um com viúva negra. Os casos restantes envolveram outras espécies de aracnídeos.

Apesar do risco à saúde, as aranhas marrom e viúva negra não são agressivas, conforme explica o Ministério da Saúde.

Ambas picam as vítimas quando são comprimida contra o corpo, como dentro de calçados, ou de peças de vestuário, os quais usam como esconderijo, por exemplo.

Já a armadeira é agressiva e conta com essa nome justamente por armar-se, usando as patas traseiras para saltar, até 40 centímetros, em direção ao alvo, quando se considera em situação de risco.

Dedo amputado

O garçom Wilker Guimarães, de 31 anos, precisou amputar o dedo indicador esquerdo após ser picado por uma aranha marrom, quando a vítima dormia, em 28 de dezembro do ano passado.

Ele denunciou na ocasião negligência do sistema de saúde municipal da Praia Grande, onde o soro específico para este tipo de peçonha foi administrado somente no dia seguinte, quando o dedo da vítima há havia necrosado.

Antes disso, ele foi duas vezes ao hospital, quando médicos diferentes administraram antialérgico, antibiótico, anti-inflamatório e até calmante ao garçom, mesmo com a informação de que ele havia sido picado por uma aranha marrom.

A Prefeitura da Praia Grande afirmou, na ocasião, que iria apurar o caso.

Dicas para evitar acidentes

  • Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico, material de construção nas proximidades das casas
  • Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas. Manter a grama aparada
  • Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, pelo menos, numa faixa de um a dois metros junto das casas
    Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois as aranhas e escorpiões podem se esconder neles e picar ao serem comprimidos contra o corpo
  • Não pôr as mãos em buracos, sob pedras e troncos podres
  • Usar calçados e luvas de raspas de couro pode evitar acidentes
  • Vedar soleiras das portas e janelas ao escurecer, pois muitos desses animais têm hábitos noturnos
  • Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vãos entre o forro e paredes, consertar rodapés despregados, colocar saquinhos de areia nas portas e telas nas janelas
  • Usar telas em ralos do chão, pias ou tanques
  • Combater a proliferação de insetos para evitar o aparecimento dos aracnídeos que deles se alimentam
  • Afastar as camas e berços das paredes. Evitar que roupas de cama e mosquiteiros encostem no chão. Inspecionar sapatos e tênis antes de calçá-los

Fonte: Ministério da Saúde

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