Solta há 4 meses, Suzane Richthofen tenta concurso para telefonista
Suzane Richthofen se inscreveu para vaga de telefonista em concorcuso público aberto pela Câmara Municipal de Avaré, no interior de SP
atualizado
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São Paulo — Quatro meses após deixar a prisão para cumprir pena em regime aberto, Suzane von Richthofen, de 39 anos, se inscreveu para uma vaga de telefonista em um concurso público aberto pela Câmara Municipal de Avaré, no interior de São Paulo. O salário previsto é R$ 5.626,33.
Condenada por assassinar os próprios pais em 2002, Suzane ingressou no terceiro semestre do curso de biomedicina no Centro Universitário Sudoeste Paulista (UniFSP), uma universidade particular de Itapetininga, no interior paulista, logo após conseguir o benefício do regime aberto.
Ela pediu transferência de outro curso que vinha fazendo desde 2021, em Taubaté, quando estava no semi-aberto. Após deixar a prisão, no dia 11 de janeiro, ela se mudou para a cidade de Angatuba, também no interior paulista, a cerca de 50 km de Itapetininga.
Ao todo, 837 candidatos se inscreveram para a vaga de telefonista pretendida por Suzane, que exige nível fundamental completo e uma carga horária de 30 horas semanais de trabalho na Câmara de Avaré, cidade que fica a 115 km de Angatuba. A prova do concurso está prevista para os dias 4 e 11 de junho.
Caso Richthofen
Suzane foi condenada originalmente a 39 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato dos pais Marísia e Manfred von Richthofen. Desde 2015, ela cumpria pena em regime semiaberto em Tremembé, no interior de São Paulo.
Daniel Cravinhos acabou condenado a 39 anos e 6 meses em regime fechado, mas deixou Tremembé em 2017, após autorização para cumprir pena em regime aberto.
O irmão de Daniel, Cristian Cravinhos, também participou dos assassinatos e recebeu pena de 38 anos e 6 meses em regime fechado. Ele chegou a conseguir liberação para o aberto, mas após ser preso em 2017 por tentativa de suborno perdeu o direito.