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Sócio da UpBus é preso em ação contra infiltração do PCC nas eleições

Advogado Ahmed Hassan Saleh, conhecido como Mude, acionista da empresa de ônibus UPBus, é um dos 13 presos na Operação Decurio

atualizado

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Divulgação/UpBus
Imagem colorida de ônibus do transporte público de SP; veículo é cinza e amarelo e tem "UpBus" escrito no letreiro - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de ônibus do transporte público de SP; veículo é cinza e amarelo e tem "UpBus" escrito no letreiro - Metrópoles - Foto: Divulgação/UpBus

São Paulo — Um dos 13 presos na Operação Decurio, deflagrada pela Polícia Civil nessa terça-feira (6/8) em 15 cidades do estado de São Paulo, é o advogado Ahmed Hassan Saleh, conhecido como Mude, acionista da empresa de ônibus UpBus. A empresa é acusada de estar envolvida em um projeto de tentativa de tomada de poder por parte do Primeiro Comando da Capital (PCC), além de ter sido alvo da operação Fim da Linha

A informação foi confirmada pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Mogi das Cruzes, que conduziu a operação.

De acordo com a polícia, durante as investigações, foi identificado um projeto de infiltração de integrantes da facção nas eleições municipais, lançando candidatos aos cargos em disputa. Os nomes dos candidatos não foram revelados para, segundo a polícia, não atrapalhar o processo eleitoral. No entanto, caso sejam eleitos, os investigados não poderão assumir os cargos.

A UpBus foi alvo da operação Fim da Linha, conduzida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) em abril deste ano. A ação é contra um suposto esquema de lavagem de dinheiro do PCC por meio da UpBus, que opera linhas de ônibus na zona leste de São Paulo, e da empresa Transwolff, que atua na zona sul. 

Sete pessoas continuam foragidas, incluindo nomes de criminosos da cúpula do PCC, como Décio Gouveia Luiz, o Décio Português, outro acionista da UPBus, e Patric Uelinton Salomão, o Forjado, o número 1 da facção em liberdade. 

Mais de 8,1 bi bloqueados

No âmbito da Operação Decurio, mais de R$ 8,1 bilhões foram bloqueados pela Justiça e foram cumpridos 20 mandados de prisão temporária e 60 de busca. Além disso, 20 celulares, sete veículos, três armas de fogo, R$ 25 mil e US$ 4,6 mil, bem como diversos relógios de luxo foram apreendidos.

As investigações se iniciaram após a prisão de uma mulher responsável por guardar drogas na região de Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Os policiais descobriram que ela é esposa de um líder da facção criminosa e servia como meio de comunicação entre os integrantes presos com os que continuam nas ruas.

Até o momento, ao menos uma servidora municipal foi identificada como membro do alto escalão do PCC. 

Aproximadamente 400 policiais atuaram nessa operação nas cidades de São Paulo, Mogi das Cruzes, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Guarulhos, Santo André, São Caetano do Sul, Mauá, Santos, Praia Grande, Mongaguá, Ubatuba, São José dos Campos, Sorocaba e Campinas.

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