Sob Tarcísio, Sabesp amplia investimentos e tem lucro 23% menor
Considerada a “joia da coroa” do plano de privatizações de Tarcísio, a Sabesp registrou lucro de R$ 747,2 milhões no 1º trimestre de 2023
atualizado
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São Paulo – O primeiro balanço da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), referente ao primeiro trimestre deste ano, registrou aumento de investimentos em água e esgoto e queda de 23,4% no lucro líquido, em relação ao mesmo período de 2022.
Considerada a “joia da coroa” do plano de privatizações de Tarcísio, a Sabesp registrou lucro líquido de R$ 747,2 milhões entre janeiro e março deste ano – no primeiro trimestre de 2022, o valor registrado pela estatal paulista foi de R$ 975,6 milhões.
O resultado da estatal paulista, que tem ações negociadas nas bolsas de São Paulo e Nova York, consta na demonstração financeira divulgada ao mercado na noite dessa quinta-feira (11/5). Em todo ano passado, a companhia registrou lucro de R$ 3,1 bilhões.
Segundo o balanço, a Sabesp investiu R$ 1,2 bilhão no fornecimento de água e na coleta de esgoto nesses três primeiros meses. No mesmo período do ano passado, foram R$ 980,8 milhões. Ou seja, houve um aumento de 26% nos investimentos feitos pela estatal. Cerca de 60% do valor foram destinados para ampliar a coleta e tratamento de esgoto.
Modelo Eletrobras
O processo de privatização da Sabesp teve início oficialmente em 28 de fevereiro, quando o conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo estadual aprovou a contratação de uma consultoria para dar o ponta-pé inicial no projeto.
Tarcísio defende um modelo parecido com o que foi feito com a Eletrobras pelo governo federal, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Essa privatização é questionada pelo atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que busca aumentar a participação do governo federal no controle da empresa.
Nesta quinta-feira (11/5), Tarcísio criticou a postura do governo Lula em relação à privatização da Eletrobras durante uma apresentação a investidores estrangeiros em Nova York, nos Estados Unidos, conforme relatado pelo Metrópoles.