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Sob Tarcísio, mortes cometidas por PM em serviço sobem 26% em SP

Novo aumento da letalidade da PM acontece em meio à paralisação do programa de câmeras corporais e a mensagens de apoio a confrontos em SP

atualizado

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Divulgação/PMSP
Imagem colorida do capô de uma viatura da Polícia Militar de SP. A peça é quadriculada em branco e vermelho com o logo da PM paulista. Ao fundo, alguns PMs - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do capô de uma viatura da Polícia Militar de SP. A peça é quadriculada em branco e vermelho com o logo da PM paulista. Ao fundo, alguns PMs - Metrópoles - Foto: Divulgação/PMSP

São Paulo – Em meio à estagnação do programa de câmeras corporais e a mensagens de apoio de comandantes para policiais militares que entraram em confronto em São Paulo, as mortes cometidas por PM em serviço subiram 26% nos seis primeiros meses do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP), divulgados nesta terça-feira (25/7), 155 pessoas morreram durante ações de PMs em serviço de janeiro a junho de 2023. No mesmo período do ano anterior, haviam sido 123 ocorrências.

O número de policiais mortos enquanto trabalhavam também subiu. Foram três casos, no primeiro semestre de 2022, ante cinco assassinatos no mesmo período deste ano. Na maior parte das ocorrências, no entanto, os agentes foram vítimas dos próprios colegas.

Em maio, o capitão Josias Justi da Conceição Júnior, comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar de Salto, no interior paulista, e o 2º sargento Roberto Aparecido da Silva foram fuzilados por outro sargento.

Já em abril, o sargento Rulian Ricardo foi morto com dois tiros, disparados por seu superior hierárquico, o capitão Francisco Laroca e o cabo Fabiano Rizzo, que atuava como motorista dele.

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Sargento despachava documentos quando foi surpreendido e morto
Morte de comandante teria sido motivada por mudança em escala
Batalhão onde crime ocorreu
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Comandante morto com tiro de fuzil

Reprodução/Redes sociais
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Sargento despachava documentos quando foi surpreendido e morto

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Morte de comandante teria sido motivada por mudança em escala

Reprodução/Material cedido ao Metrópoles
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Batalhão onde crime ocorreu

Reprodução/Google Maps

“Legítima defesa”

O novo aumento da letalidade da PM coincide com a paralisação da expansão do programa de câmeras nos uniformes – apontadas como um dos principais fatores para a redução de casos envolvendo policiais em serviço em 2022.

Conforme revelou o Metrópoles, o governo Tarcísio herdou o programa com 10.125 câmeras disponíveis, em janeiro de 2023, e não realizou novas aquisições desde então. O efetivo da PM é de cerca de 80 mil homens e mulheres.

Recentemente, a tropa também recebeu ordem do comandante-geral da PM de São Paulo, coronel Cássio Araújo de Freitas, para que “não hesite em utilizar a legítima defesa a seu favor”.

Em fevereiro, o próprio secretário estadual da Segurança Pública, Guilherme Derrite, já havia transmitido mensagem em defesa de PMs que se envolveram em ação que terminou com um suspeito morto na Avenida Cecília Lottenberg, na zona sul da capital paulista. “Ninguém será afastado”, disse ele, na ocasião.

Já as mortes de suspeitos envolvendo PMs de folga caíram no período. De acordo com os dados, foram 36 mortes neste ano, um recuo de 20,6% em relação às 58 ocorrências do primeiro semestre de 2022.

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