“Só beijo não deu conta”: professora admite desejo sexual por aluno
Em maio, a docente afirmou a uma aluna amiga dela que beijou um estudante; caso foi descoberto quando mãe teve acesso a conversas
atualizado
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São Paulo – Uma professora da rede municipal de educação de Praia Grande, no litoral de São Paulo, admitiu, durante conversa com uma aluna, que teve um caso com um estudante de 14 anos. O caso foi descoberto quando a mãe da aluna pegou o celular da filha e teve acesso a conversas.
Segundo a mãe da adolescente, a mulher atuava como professora de artes na Escola Municipal Vereador Felipe Avelino Moraes, na Vila Caiçara.
“Amiga, preciso te contar um grande segredo. N vou contar pra ninguém, só pra vc. Pq confio muito. […] Peguei o ******”, diz a professora à aluna. “Quero transar com ele. Só beijo n deu conta”, completa ela.
O caso ocorreu em maio. Elaine Cristina dos Santos, mãe da aluna, só teve acesso às mensagens em setembro, quando denunciou o caso à diretoria.
O Metrópoles questionou a Prefeitura da Praia Grande sobre a situação da professora e aguarda retorno. Segundo o portal da transparência, a mulher ocupava o cargo de atendente de educação.
“Acho que vai moiar pra mim”
Nas conversas às quais o Metrópoles teve acesso, a professora afirma diversas vezes que pretende ter relações sexuais com o estudante. “Ainda vou dar pro ******, isso é ctz”, diz ela. “Amoooo. Só se vive uma vez. Preciso transar kkkkk faz tempo q n transo”, afirma, em 7 de maio.
A mulher também faz comentários de cunho sexual sobre outros alunos. “Eu gosto de gente magra tbm. Mas o ****** pra mim é perfeito. Alokaaa”, diz. “Rachando aqui. Eu acho os dois gostosinhos”, continua. “Dava fácil pra ele kkkkk”.
Durante a conversa, a professora diz estar preocupada porque a mãe do aluno com quem ela tinha um caso teria tido acesso ao celular dele.
“Acho que vai moiar pra mim, amiga. Acho que a mãe pegou o celular dele. E acessou o Instagram”, afirma.
Convite de professora para fumar
Em 4 de maio, a professora enviou uma mensagem à aluna convidando ela para fumar. “Pergunta pra sua mãe se vc pode fumar. Eu tô sem. Mas se eu comprar e a gente se encontrar, ‘nois’ fuma”, diz ela.
“Sua mãe libera ‘cê’ ir na adega hj?”, questiona.
Agressões
Após a mãe da estudante denunciar o caso à diretoria, a menina passou a ser ameaçada por colegas. Segundo a mulher, a diretora da escola permitiu que a professora alvo da denúncia soubesse quem fez a acusação.
Horas depois, a filha dela e seu melhor amigo teriam sido cercados e agredidos por três alunos. Entre eles, o menino de 14 anos que teria tido um caso com a professora.
As mães das vítimas registraram um boletim de ocorrência sobre o incidente no 3º Distrito Policial da cidade.
No último dia 14 de novembro, o melhor amigo da menina que dialogava com a professora teria sido agredido pelos estudantes. Segundo a mãe dele, o menino apresentou dores após três dias e precisou ser internado com hematomas na cavidade abdominal.
O advogado Thiago Bicudo, que representa a família do aluno agredido, disse que vai acionar o Ministério Público de São Paulo pedindo uma investigação sobre o caso.
“A ideia é dar ciência ao Ministério Público em relação a esse fato para que haja a devida apuração desse fato, no que diz respeito à conduta tanto da escola quanto da diretora. Também por parte da Seduc sobre porque não houve uma ação mais efetiva da escola”, disse o advogado ao Metrópoles.