Sistema de alerta para desastres em SP não fica pronto até o verão
Governo Tarcísio lança edital para instalar sistema de alertas em Franco da Rocha, Guarujá e São Sebastião, todas com histórico de desastres
atualizado
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São Paulo – O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) publicou nesta sexta-feira (15/9) um edital de licitação para a instalação de sistemas de alerta para desastres naturais nas cidades de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, Guarujá, na Baixada Santista, e São Sebastião, no litoral norte.
Mas, segundo os prazos previstos no edital, os sistemas só devem ficar prontos depois do próximo verão, período que concentra o maior número de tragédias provocadas por temporais.
O sistema que será contratado pelo governo vai detectar movimentações de terra e emitir avisos sonoros para que a população que mora em áreas de risco de deslizamentos ou enchentes tenha tempo de deixar seus lares antes dos danos.
A instalação é uma promessa feita por Tarcísio em fevereiro, quando o governador passou uma semana em São Sebastião após a tragédia provocada pelas chuvas que matou 65 pessoas, o maior desastre natural da história do estado.
O governo já tem projetos básicos para a instalação do sistema em três bairros, um de cada cidade. São locais com casos recorrentes de deslizamentos de terra que terminam com mortes. Em São Sebastião, o sistema ficará na Vila do Sahy, epicentro da tragédia ocorrida em fevereiro.
A concorrência é pelo modelo de menor preço e o valor de referência do sistema de alarme é de R$ 4,2 milhões. O governo vai abrir as propostas das empresas no dia 16 de outubro. A empresa vencedora terá seis meses de prazo para instalar os dispositivos após o contrato com o governo ser assinado.
No melhor cenário, os sistemas de alerta ficarão prontos em maio, após a temporada de chuvas do próximo verão.
Por meio de nota, a Defesa Civil do Estado informou que “a implantação do Sistema de Alerta Remoto é apenas uma das medidas que estão sendo adotadas para a proteção da população no próximo período de chuvas intensas”.
O órgão afirmou, ainda, que investiu R$ 58 milhões em 72 obras de prevenção neste ano e que firmou parceria com uma série de outros departamentos, além de empresas do setor privado, para fazer chegar à população os alertas para situações que podem trazer riscos.