Sindicatos fazem acordo com a prefeitura e encerram greve nas escolas
Greve dos servidores da rede municipal de ensino, encerrada em assembleia de sindicatos, durou 20 dias e afetou escolas e creches de SP
atualizado
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São Paulo – Sindicatos da rede municipal de ensino da capital paulista decidiram, em assembleia realizada nesta quinta-feira (28/3), encerrar a greve em São Paulo. A paralisação dos professores começou em 8 de março, afetou escolas e creches e durou 20 dias.
A decisão de encerrar a greve acontece após a aprovação do projeto de lei 155/2024, que autorizou o reajuste de 2,16% para todos os servidores municipais a partir de 1º de maio. A categoria reivindicava aumento salarial de 39% e chegou a fazer uma série de protestos para pressionar a gestão Ricardo Nunes (MDB).
Concordaram em pôr fim à paralisação o Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), o Sindicato dos Trabalhadores nas Unidades de Educação Infantil da Rede Direta e Autárquica do Município de São Paulo (Sedin) e o Sindicato dos Especialistas de Educação do Ensino Público Municipal de São Paulo (Sinesp).
O encerramento da greve na rede municipal também foi divulgado pela Prefeitura de São Paulo. Em nota, a gestão Nunes afirma que “selou um acordo importante” e estabeleceu “uma série de compromissos” com a categoria.
Fim da Greve
A discussão sobre reajuste salarial, classificado como “humilhante” pelas entidades, não foi incluída no protocolo final de negociação entre as entidades e a prefeitura.
Para encerrar a greve, os sindicatos propuseram oito compromissos que devem ser cumpridos pela gestão municipal.
A lista inclui a criação de programa para professores aposentados, iniciativas de saúde mental, além de ações de segurança nas escolas e educação inclusiva.
Já a prefeitura pediu o retorno imediato às escolas e a apresentação de um plano para repor as aulas.
“A luta continua pelo cumprimento do protocolo de negociação, pela incorporação dos abonos complementares de piso e pelo atendimento a todos os itens da pauta de reivindicações dos profissionais de educação”, diz o Sinpeem, em nota.
“Os itens que compõem o protocolo foram intensamente discutidos e negociados com as Secretarias de Educação e de Gestão e estão centrados na melhoria das condições de trabalho e na preservação e cuidado com a saúde física e mental dos servidores”, afirma o Sinesp.