Sindicato diz que Tarcísio não cumpriu acordo e mantém greve no metrô
Metroviários afirmam que o governador Tarcísio de Freitas descumpriu acordo ao acionar Justiça para retomar operação do Metrô
atualizado
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São Paulo – O Sindicato dos Metroviários de São Paulo acusa o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) de descumprir um acordo que teria sido feito com a categoria e decidiu manter a greve que paralisa a operação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô desde a madrugada desta quinta-feira (23/3).
O Metrô anunciou pela manhã que os trens voltariam a circular com catraca livre, o que não ocorreu. A medida seria tomada após um acordo da companhia com os metroviários. A paralisação afeta pelo menos 2,5 milhões de passageiros.
Pouco depois, no entanto, uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) suspendeu a abertura das catracas e determinou a retomada de 80% da operação nos horários de pico e de 60% no restante do dia.
A decisão de manter a greve foi definida em assembleia realizada no início da tarde desta quinta. Segundo o sindicato, 81% de 2 mil trabalhadores votaram a favor da manutenção da paralisação,
O diretor do Sindicato dos Metroviários, Narciso Soares, afirmou ao Metrópoles que a categoria decidiu manter a paralisação por causa da ação do governo na Justiça.
“A gente continua com a proposta de manter o acordo que o governador e o Metrô fizeram com a gente. O governador está sendo irresponsável, porque falou para a população que ia fazer [a abertura das catracas] e ele mesmo está pedindo uma liminar com outro caráter”, disse o sindicalista.
Segundo o sindicato, uma reunião de conciliação com a empresa está marcada para as 17h no TRT. Depois disso, uma nova assembleia será realizada pela categoria para definir se a greve será mantida ou não.
O Metrô, por outro lado, afirma que acionou a Justiça “diante da continuidade da paralisação por parte do Sindicato dos Metroviários mesmo com a liberação das catracas”, conforme havia sido acordado.
A decisão do desembargador Ricardo Apostólico Silva determinou ainda a cobrança de uma multa de R$ 500 mil por dia ao sindicato em caso de descumprimento da medida.