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“Senhor das armas” do PCC mata cliente de bar e atira na própria mão

Homem apontado como armeiro do grupo criminoso PCC se envolveu em briga de bar, atirou contra clientes e foi preso pela Polícia Militar

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Divulgação/Polícia Civil
Montagem com duas fotos coloridas. De fundo, armas sobre uma cama e, na lateral, homem de camiseta azul segura gaze na mão direita, que sangra - Metrópoles
1 de 1 Montagem com duas fotos coloridas. De fundo, armas sobre uma cama e, na lateral, homem de camiseta azul segura gaze na mão direita, que sangra - Metrópoles - Foto: Divulgação/Polícia Civil

São Paulo – Apontado como um dos responsáveis por guardar armas para o Primeiro Comando da Capital (PCC), Manoel Teixeira dos Santos, de 51 anos, foi preso em flagrante após abrir fogo contra clientes de um bar. O desentendimento aconteceu na madrugada desse sábado (9/3) em Cotia, na Grande São Paulo.

Érica Campos Leite, também de 51 anos, que estava com o namorado no estabelecimento do bairro Jardim Stella Maria, foi baleada e levada para um hospital, onde acabou morrendo. Outros dois homens, dentre os quais um policial militar de folga, também foram feridos a tiros e sobreviveram.

Ambos também seguiram para unidades de saúde próximas.

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Na casa de Manoel Teixeira dos Santos polícia encontrou munições de arma de guerra
Armeiro do crime teria recarregado arma pegando munições de dentro de Ford Ka
Além de arsenal, polícia também apreendeu espingarda de pressão na casa de criminoso
Polícia também encontrou na casa de Manoel arma medieval que atira flechas
Manoel Teixeira dos Santos, de 51 anos
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Manoel Teixeira dos Santos teria atirado acidentalmente contra a própria mão

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Na casa de Manoel Teixeira dos Santos polícia encontrou munições de arma de guerra

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Armeiro do crime teria recarregado arma pegando munições de dentro de Ford Ka

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Além de arsenal, polícia também apreendeu espingarda de pressão na casa de criminoso

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Polícia também encontrou na casa de Manoel arma medieval que atira flechas

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Manoel Teixeira dos Santos, de 51 anos

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Testemunhas relataram a policiais militares, logo depois do crime, que Manoel se aproximou de um cliente, cuja a profissão é vigilante, questionando se o homem, de 42 anos, “havia perdido o medo de arma”.

Sem esperar uma resposta, ainda segundo as testemunhas, o armeiro do PCC sacou um revólver da cintura, mostrou para o vigilante e guardou a arma em seguida.

Discussão e tiros com “Senhor das armas” do PCC

Um pedreiro de 37 anos, que viu a cena, convidou Manoel para sair do bar, onde juntamente com outras pessoas discutiu com o criminoso.

Após aproximadamente meia hora de bate-boca, Manoel teria novamente sacado a arma da cintura e agrediu o pedreiro com coronhadas, na cabeça. As pancadas fizeram a vítima desmaiar.

Mesmo com o homem já inconsciente, caído no chão, Manoel atirou três vezes contra ele. Um policial militar, que estava de folga, ao testemunhar a cena, partiu para cima de Manoel. O agente também foi ferido, por dois disparos.

O criminoso então foi até seu carro, um Ford Ka, no qual pegou mais munições, recarregou o revólver, com o qual deu um tiro em direção ao bar. Foi nesse momento que Érica foi atingida.

Na sequência, o armeiro do crime embarcou em um Volkswagen Gol, que era ocupado pelo dono do veículo, e obrigou a vítima, ameaçando-a com a arma, a fugir do local.

Disparo na mão e cadeia

Policiais militares vasculharam a região e localizaram Manoel ainda no Volkswagen usado para fugir, a cerca de 750 metros de distância do bar, na Rua da Fraternidade.

Quando o abordaram, notaram que a mão esquerda de Manoel sangrava. O ferimento foi provocado por um tiro, provavelmente dado acidentalmente pelo próprio criminoso. O armeiro foi preso em flagrante e levado até o Hospital Regional de Cotia, onde permaneceu internado sob escolta policial.

Após sua prisão, moradores da região afirmaram que o criminoso guardava armas em sua casa. A polícia então foi até a residência de Manoel e encontrou um pequeno arsenal, constituído por revólveres, pistola, escopeta e centenas de munições, a maioria de fuzil calibre 7.62, um armamento de guerra.

Também foram apreendidos R$ 13.900, uma arma medieval conhecida como “besta” um tipo de arco e flecha acionado por gatilho ,um colete  a prova de balas, rádios comunicados e uma espingarda de pressão.  

A Polícia Civil em Cotia solicitou a prisão preventiva do criminoso, que será encaminhado à Cadeia Pública assim que tiver alta médica.

A defesa de Manoel não foi localizada até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

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