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Sem obras, Casarão da Vila Guilherme não tem previsão para reabrir

População cobra reabertura parcial do espaço, que está fechado há quase 50 dias e fará evento para mostrar mostrar como o espaço faz falta

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Leon Rodrigues / Prefeitura de SP
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1 de 1 imagem colorida mostra prédio do Casarão de cultura vila guilherme - metrópoles - Foto: Leon Rodrigues / Prefeitura de SP

São Paulo – Há quase 50 dias fechado, o Casarão da Vila Guilherme, na zona norte de São Paulo, continua sem data para reabrir suas portas para a população.

Instalado em um prédio tombado que já foi sede de escola e até subprefeitura, o espaço cultural está com as atividades suspensas desde o dia 11 de setembro, quando a Secretaria Municipal de Cultura decidiu interditar o local para finalizar laudos estruturais sobre o prédio.

A previsão inicial era de que a suspensão durasse 60 dias, prorrogáveis pelo mesmo período de tempo caso necessário. Com os laudos finalizados, a Prefeitura daria início às obras de restauro do local, com revisões nos pisos de madeira e reformas para garantir acessibilidade e segurança contra incêndio.

O cronograma, contudo, está praticamente parado. Quase no fim dos primeiros 60 dias, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) ainda não finalizou o projeto executivo do restauro, não iniciou nenhuma obra no local e não sabe dizer por quanto tempo o espaço continuará fechado para a população.

A administração municipal afirma que o projeto está em andamento e que a reforma da Casa de Cultura deve ser aprovada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, o Conpresp, antes de ser executada. A Secretaria de Cultura, contudo, não dá detalhes sobre quando apresentará as informações sobre a obra para o Conpresp.

Enquanto o restauro não avança, parte das atividades que aconteciam no Casarão foram levadas para bibliotecas e praças da região, mas coletivos culturais que utilizavam o local dizem ter sido prejudicados.

“A Secretaria está se preocupando só com os 48 oficineiros que ela contrata, só que os outros 72 coletivos que têm oficinas para o público em geral e fazem ensaios no Casarão não estão realocados”, diz Osmar Araújo, integrante do Fórum de Cultura da Zona Norte.

Desde que o Casarão foi interditado, a população pede para que a Prefeitura autorize o uso da área externa do local para as atividades, além do prédio anexo que fica no terreno e não seria alvo do projeto de restauro.

Os moradores chegaram a organizar um protesto contra o fechamento do local e alguns integrantes de organizações culturais se reuniram com representantes da Prefeitura para negociar a abertura parcial.

A gestão Nunes prometeu dar uma resposta ao grupo até o dia 11 de novembro, quando a interdição completará 60 dias.

Neste sábado (27/10), um grupo de moradores organizou uma série de atividades em frente ao Casarão. A ideia é mostrar como o espaço faz falta para a população.

Professores e oficineiros oferecerão, do lado de fora do prédio, as atividades e apresentações que antes aconteciam dentro do local.

A programação começa às 13h e terá aulas de ginástica e pandeiro, apresentação de slam e contação de história. Todas as atrações são gratuitas.

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