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Sem lágrimas, famílias esperam resignadas por corpos de acidente em SP

Helicóptero com quatro tripulantes estava desaparecido há 12 dias e foi encontrado em Paraibuna; familiares aguardam liberação dos corpos

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Imagem colorida de grupo na frente de portão de hotel - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de grupo na frente de portão de hotel - Metrópoles - Foto: Felipe Resk/Metrópoles

Paraibuna (SP) – Sob uma chuva que não dava trégua, familiares das vítimas do helicóptero que caiu em Paraibuna, no Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, mantinham a cabeça baixa e o semblante resignado enquanto aguardavam notícias do resgate dos quatro corpos na tarde de sexta-feira (12/1).

À espera dos seus mortos, parentes decidiram sair da capital paulista, viajar por mais de duas horas e encarar uma estrada de terra, estreita e ladeada por matagais, até o local do resgate. Os destroços do helicóptero, que ficou 12 dias desaparecido, haviam sido localizados horas antes.

Lá, os familiares pareciam serenos e não choravam. “Nós estamos vivendo os piores dias das nossas vidas”, afirmou Silvia Santos, de 42 anos, que perdeu dois familiares no acidente e foi à zona rural de Paraibuna para receber os corpos. “Mas foi melhor assim do que a gente ficar na angústia ou na dúvida”.

Silvia é irmã de Luciana Rodzewics, 45 anos, e tia de Letícia Ayumi, 20. Naquela tarde, ela encontrou com o seu pai, Sidney Souza dos Santos, 65, que já estava na cidade para acompanhar as buscas. Vestidos com camisetas que tinham a foto das vítimas estampadas, pai e o namorado de Letícia também foram ao local.

“Foram muitos dias de angústia e tristeza. A gente não consegue trabalhar, comer ou dormir”, disse Sidney. “Felizmente, com ou sem vida, a Polícia Militar conseguiu encontrar.”

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Hotel virou ponto de apoio de resgate de helicóptero
Corpos de vítimas devem ser resgatados no sábado (13/1)
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Famílias de vítimas do helicóptero se reuniram na frente de hotel em Paraibuna

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Hotel virou ponto de apoio de resgate de helicóptero

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Corpos de vítimas devem ser resgatados no sábado (13/1)

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Famílias

O ponto de encontro dos familiares era o portão do hotel-fazenda Morada dos Deuses, no bairro do Pinhal, onde policiais improvisaram um centro de apoio para as ações de resgate. O estabelecimento fica a cerca de três quilômetros do local onde o helicóptero caiu.

Parentes do empresário Raphael Torres, de 41 anos, que também morreu no acidente, chegaram a ir ao local, mas não quiseram falar com a imprensa.

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Letícia e Luciana estavam no helicóptero que sumiu em SP
Raphael Torres é amigo de Letícia
Print de vídeo enviado por Letícia Ayumi a namorado
Letícia enviou mensagens ao namorado citando pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer
Troca de mensagens entre Letícia e o namorado mostra imagens de pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer
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Piloto Cassiano Tete Teodoro conduzia helicóptero que sumiu

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Letícia e Luciana estavam no helicóptero que sumiu em SP

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Raphael Torres é amigo de Letícia

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Letícia enviou mensagens ao namorado citando pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer

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Troca de mensagens entre Letícia e o namorado mostra imagens de pouso forçado de helicóptero antes de desaparecer

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Fotografia da vista do helicóptero que desapareceu mostra área de mata fechada e bastante neblina

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Outra foto enviada por Letícia mostra helicóptero pousado no chão

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Eles ficaram poucos minutos e foram embora após receber a informação de que os corpos só seriam resgatados no sábado (13/1).

Já os parentes do piloto Cassiano Teodoro, 44, não apareceram. Segundo familiares das outras vítimas, o único contato que eles tiveram foi com uma advogada dele.

Resgate

Por volta das 19h30, um comunicado da Polícia Militar informou que, por já ter escurecido e estar chovendo bastante, as atividades para resgatar os corpos tinham sido suspensas.

Àquela altura, no entanto, os familiares já não aguardavam mais na frente do hotel. Cerca de uma hora antes, eles haviam decidido deixar o local e retornar na manhã seguinte, após discutirem a situação em uma roda de conversa.

“Quem sabe são vocês. Façam o que o coração mandar”, foi o conselho que ouviram do ex-deputado estadual Alexandre Frota, que os acompanhou na viagem a Paraibuna.

Ao Metrópoles, o ex-deputado disse que procurou parentes das vítimas para pedir autorização e organizar uma força-tarefa para auxiliar nas buscas pelo helicóptero. Eram 22 voluntários que, com auxílio de cães farejadores, adentrariam na mata fechada no sábado. “Não deu tempo”, comentou Silvia sobre o plano.

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